Punch Drunk Movies


Punch Drunk Movies

I have come here to chew bubble gum and kick ass... and I'm all out of bubble gum.

quarta-feira, novembro 30, 2005

Para não deixar esse espaço jogados ás moscas...

...coloco aqui os filmes vistos no mês de novembro (notas de 1 a 5 estrelas, sem meios):

Três é Demais (Rushmore, 98, Dir: Wes Anderson) - *****

A Noite (La Notte, 61, Dir: Michelangelo Antonioni) - *****

Crash - No Limite (Crash, 05, Dir: Paul Haggis) - ***

A Era do Rádio (Radio Days, 87, Dir: Woody Allen) - *****

The Rocky Horror Picture Show (idem, 75, Dir:Jim Sharman) - ****

A Festa Nunca Termina (24 Hour Party People, 02, Dir: Michael Winterbottom) - ***

Mundo Cão (Ghost World, 01, Dir: Terry Zwigoff) - ****

Jovens, Loucos & Rebeldes (Dazed and Confused, 93, Dir: Richard Linklater) - ****

O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs, , Dir: Jonhattan Demme) - ****

Os Doze Macacos (Twelve Monkeys, 95, Dir: Terry Gilliam) - ****

A Vida Secreta dos Dentistas (The Secret Lives of Dentists, 02, Dir: Alan Rudolph) - ***

Tudo Acontece em Elizabethtown (Elizabethtown, 05, Dir: Cameron Crowe) - ***

O Profissional (Léon, 94, Dir: Luc Besson) - ***

Do Jeito que Ela É (Pieces of April, 03, Dir: Peter Hedges) - **

/Meninas Malvadas/ (Mean Girls, 04, Dir: Mark Waters) - ***

Scanners (idem, 81, Dir: David Cronenberg) - ****

Mistérios e Paixões (idem, 81, Dir: David Cronenberg) - ****

O Pagamento Final (Carlito's Way, 93, Dir: Brian De Palma) - ****

Taxi Driver (idem, 76, Dir: Martin Scorsese) - *****

A Aventura (L'Avventura, 60, Dir: Michelangelo Antonioni) - *****

A Sogra (Monter-in-Law, 05, Dir: Robert Luketic) - *

É isso... talvez eu coloque alguns comentários depois.

terça-feira, novembro 22, 2005

Hora de Voltar

Tudo Acontece em Elizabethtown (Elizabethtown, 2005, Dir: Cameron Crowe)

Kirsten Dunst and Orlando Bloom in Paramount Pictures' Elizabethtown

Ok, é bem verdade que surgiram por aí comentários bem maldosos sobre o novo filme do Cameron Crowe, Tudo Acontece em Elizabethtown (citarei o filme com o título original, já que esse nacional é muito grande...). No banco de críticas Rotten Tomatoes, por exemplo, o filme ganhou uma porcentagem bem fraquinha de 27%, e muita gente saiu esculhambando. Aqui no Brasil o filme vem tendo praticamente a mesma recepção: gente falando que Crowe "perdeu a mão", entre outras bobagens. E não, não concordo de modo algum com isso.

Primeiramente: Crowe consegue habilidosamente escapar de certos clichês que outros diretores mais descuidados não deixariam escapar. Quer exemplos? Peguemos uma cena: a personagem de Susan Sarandon faz um discurso sobre a importância do seu marido (logo o pai do protagonista) na sua vida. Poderia ser um momento completamente mela-cueca, mas não. Crowe é suficientemente experiente para não cair numa rmadilha dessa: a cena termina com uma piada envolvendo um "membro duro" (não vou entrar em maiores detalhes sobre isso) e com ainda mais irreverência.

Além disso, ele consegue impor uma imensa sensiblidade em certas cenas, como na primeira vez em o personagem de Bloom vê o seu pai morto (uma cena excelente, onde notamos como a relação distanciada entre os protagonistas e que tem como trilha sonora de fundo a música "My Father's Gun", do Elthon John). Ou então o que falar dos belíssimos closes concebidos por Crowe (me lembrei invetavelmente do Jonhattan Demme), como na cena do reencontro do protagonista com seus parentes? Ah, e também tem a trilha sonora, escolhida a dedo. Em todo a cena da viagem de volta, por exemplo, temos a trilha sonora perfeita para cada momento (na atualidade, acho que os três cineastas que sabem melhor escolher a música certa para o momento certo sejam o Tarantino, o Wes Anderson e o Crowe).

Já o Orlando Bloom, ator que esteve terrível em, por exemplo, "Piratas do Caribe" e na trilogia "O Senhor dos Anéis", mas que aqui até que não está tão ruim. Não consegui desprezá-lo como nos dois filmes citados anteriormente, mas isso não significa que esteja excelente, ou qualquer outra. O sujeito está visivelmente esforçado e dedicado ao papel, e, vejam só, ele consegue até chorar em cena. Mas tenho a impressão que um personagem tão bem escrito merecesse um ator mais digno, mas OK, ele não está tão ruim assim. Quem rouba a cena é mesmo Kirsten Dunst, interpretando adoravelmente uma personagem muito bonitinha (e que me despertou simpatia desde a primeira vez em que a vi). Aliás, a personagem me lembrou um pouco a Lena (interpretada por Emily Watson), em "Embriagado de Amor" do Paul Thomas Anderson, já que ambas representam uma luz na vida do protagonista.

Mas, tenho que ser franco: "Elizabethtown" está bem abaixo de outros trabalhos do Crowe, como os sensacionais Jerry Maguire e Quase Famosos. Mas quem liga para isso quando a mais nova produção do diretor é um filme bastante acima da média e muito bem feito? Eu não.

Cotação: 3.5/5 (7.0) [mas talvez suba com o tempo; tô com uma vontade imensa de rever o mais rápido possível]

Ouvindo: Elthon John - My Father's Gun

quinta-feira, novembro 17, 2005

Lista para as Férias

As férias estão chegando (dia 21, dia 21...) e já fiz uma listinha com os filmes que são minhas prioridades. Eis uma pequena listinha:

Touro Indomável, do Scorsese (e tentar completar a filmografia do mestre)

O Pantâno, da elogiada Lucrecia Martel

O Eclipse, A Aventura e Blow Up, do Antonioni (vi o meu primeiro filme dele dia desses, A Noite, e adorei...)

A Noite Americana, do Truffaut

Alphaville, do Godard

Conhecer o cinema do Buñuel e do Cronenberg.

Para Sempre Lilya, do Lukas Moodysson

Re-alugar Barry Lyndon, do Kubrick (quando o loquei pela primeira vez o DVD do filme deu pau)

F For Fake, do Welles (e mais alguns dele)

Short Cuts e O Jogador, do Altman

Qualquer coisa do Woody Allen, Hitchcock e Billy Wilder.

Fora isso tem a porrada de filmes que estreiam nos cinemas e nas locadoras; além do Telecine, é claro. E haja dinheiro!

É isso; até mais!

Ouvindo: Joy Division - Dead Souls

sexta-feira, novembro 04, 2005

Crash Happens

Crash - No Limite (Crash, 05, Dir: Paul Haggis)

Thandie Newton and Matt Dillon in Lions Gate Films' Crash

Paul Haggis era conhecido por mim somente (acho que para a maioria também) por ter escrito o roteiro de "Menina de Ouro". Porém, se no filme de Eastwood o seu texto era muito competente, o de Crash (que escreveu junto com Robert Moresco) deixa um pouco a desejar. Talvez para intensificar o tema do racismo, parece que Haggis e Moresco decidiram colocar situações no filme somente para tentar chocar o espectador, e isso tudo soa muito forçado (um exemplo é na cena em que o personagem de Matt Dillon "revista" a de Thandie Newton). Porém, quando a dupla não quer chocar, eles colocam um personagem bonzinho que todos vão sentir pena lá pelo terceiro ato do filme (um em especial, mas não vou falar quem para não estragar nenhuma cena), ou então frases feitas para emocionar ("Você é minha melhor amiga", principalmente). Já a direção de Haggis tem como principal defeito o sentimentalismo em doses exageradas, fazendo em certos momentos um filme "bonitinho" até demais.

Mas "Crash" também possui acertos. Uma cena em especial é muito boa: o personagem de Dillon salva um certo personagem de um acidente que podia ser fatal. Haggis consegue impor um clima claustrofobico excelente, e tem doses controladas de emoção. Outra boa cena (e uma das principais também) é a que tem como protagonista o personagem de Ryan Phillippe e o de Larenz Tate.

O elenco também está legal, com principais destaque para Don Cheadle, Matt Dillon (por incrivel que pareça) e Terrence Dashon Howard (que interpreta um diretor de televisão). Porém, Sandra Bullock, que muitos criticos elogiaram, está sofrível (não é a toa que sua história seja a mais desinteressante, e que uma das piores cenas do filme).

Crash é, por fim, um filme de altos e baixos. Tem lá seus momentos, atuações interessantes, mas que possui erros de extremamente bobos. Um bom filme, mas apenas isso.

Cotação: 3/5 (6.0)

Ouvindo: Wolf Parade - Shine a Light