Punch Drunk Movies


Punch Drunk Movies

I have come here to chew bubble gum and kick ass... and I'm all out of bubble gum.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Retrospectiva 2005

OBS: ESTE POST PODE SOFRER MUDANÇAS AO LONGO DO TEMPO

Ia colocar a lista dos melhores/piores do ano só no começo de Janeiro, mas como viajarei nesta terça-feira e só voltarei final do próximo mês vou ter que fazer a listinha um pouco antes.

Apesar de não tão bom quanto ano passado, 2005 foi um bom ano para o cinema. Mas chega de enrrolação e vamos ao TOP:

15 MELHORES:

Bill Murray in Touchstone Pictures' The Life Aquatic with Steve Zissou

01. A Vida Marinha com Steve Zissou, de Wes Anderson

02. Menina de Ouro, de Clint Eastwood

03. Marcas da Violência, de David Cronenberg

04. A Menina Santa, de Lucrecia Martel

05. Um Filme Falado, de Manoel de Oliveira

06. O Aviador, de Martin Scorsese

07. O Signo do Caos, de Rogério Sganzerla

08.
Sin City, de Robert Rodriguez & Frank Miller

09. Oldboy, de Chan-Wook Park

10. Mar Adentro, de Alejandro Amenábar

11. King Kong, de Peter Jackson

12.
Sideways, de Alexander Payne

13. Amor em Jogo, de Peter e Bobby Farrely

14. Terras dos Mortos, de George A. Romero

15. A Fantástica Fábrica de Chocolates, de Tim Burton

Menções Honrosas: Contra-Corrente; Jardineiro Fiel; Em Boa Companhia; Nossa Música; Hora de Voltar; Kung-Fusão; A Vida Secreta dos Dentistas; Batman Begins; Tudo Acontece em Elizabethtown; Cabra-Cega; Clean; Cidade Baixa.


10 PIORES (sem o nome dos diretores, porque não merecem):


01. A Luta Pela Esperança

02.
O Grito

03. O Fantásma da Ópera

04. A Ilha

05.
A Sogra

06.
Miss Simpatia 2

07. Eterno Amor

08.
A Feiticeira

09.
Alexandre

10. Madagascar


Não, Obrigado: Guerra dos Mundos; O Segredo de Vera Drake; Harry Potter e o Cálice de Fogo; Hotel Ruanda; A Intérprete; Dois Filhos de Francisco; Crash; Senhor das Armas; Os Irmãos Grimm.

Considerações Finais: Wes Anderson novamente encabeçando uma lista de melhores, interessante. Scorsese quase entrou no TOP 5, e pode ser que ele acabe roubando o lugar do lindo Mar Adentro, do Amenábar (apesar de isso ser um pouco difícil, mas quem sabe). King Kong tem o casal mais improvável e mais bonito do ano. A lista de piores teve seus três primeiros colocados liderando a lista praticamente o ano inteiro. O terrível filme de Jean Pierre Jeunet, Eterno Amor, também não se salvou e quase ia aparecendo no TOP 5. E, para fechar a lista, tem Madagascar, uma das poucas animações que conseguiram me deixar com uma sensação de incômodo quase o tempo todo.

Então é isso aí, caso queiram discordar ou concordar com alguma coisa se manifestem na caixa de comentário, OK?

Ah, e feliz natal pra vocês, é claro.

Ouvindo: Art Brut - My Little Brother

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Amor Paterno

Terra dos Mortos (Land of the Dead, 2005, Dir: George A. Romero)

Eugene A. Clark in Universal Pictures' George A. Romero's Land of the Dead

Sabe aqueles filmes de terror bem trash, com cabeças explodindo a todo momento e "sangue-catchup" sendo jorrado por todo lado? Pois é, Terra dos Mortos, mais novo filme dirigido pela lenda viva George Romero, faz bem esse estilo (que eu adoro, diga-se de passagem). É realmente um filme de zumbis dos mais dignos, que tem até mesmo porte para virar clássico futuramente (pelo menos uma cena para mim já é antológica: os zumbis saindo da água, descobrindo que aquilo não era mais uma barreira para eles), mas que aproveita para lançar também grandes críticas sociais (o que é muito clichê de se dizer do filme, tendo-se lido qualquer texto sobre este), como o fato dos pobres serem subordinados dos ricos, tendo que protege-los, arriscarem suas vidas por eles, etc. E é muito triste termos que constatar que poderemos acabar em uma sociedade como a do filme, completamente arruinada, vivendo sempre com medo.

Mas Terra dos Mortos é, acima de tudo, um filme humano. As grandes características do homem estão lá presentes: o questionamento (afinal, por que a população pobre tem que viver se preocupando com as grandes classes sociais, se, no fim das contas, eles nunca conseguirão ter a mesma segurança?) e, principalmente, a revolta. O ser que mais expressa este último talvez sejam os zumbis (que, felizmente, não são tratados como os grandes vilões do filme): eles, cansados se serem inferiorizados, começam a raciocinar (mostrando que são bem mais parecidos com os seres humanos do parece) e chegam a conclusão de que alguma coisa tem de ser feita, e, assim, começam a sua revolta.

E o mais legal de tudo é a paixão com que Romero filma aquelas criaturas que mais facilmente poderiam gerar repúdio. Coisa de pai mesmo...



PS: Também vi recentemente Tentação, que é um trabalho bem decente; talvez escreva mais sobre ele depois. E Harry Potter 4 é bem fraquinho; não tô com muita vontade de falar sobre, mas pode ser que saia um texto também.

Ouvindo: The Rolling Stones - Rain Fall Down

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Apostas para o Oscar (primeira rodada)

Coloco aqui minhas apostas para algumas categorias do Oscar (em breve me arrisco nas técnicas também):

Filme:

1 - Munique, de Steven Spielberg
2 - Brokeback Mountain, de Ang Lee
3 - Walk the Line, de James Mangold
4 - Novo Mundo, de Terrence Malick
5 - Crash, de Paul Haggis

Diretor:

1 - Ang Lee, por Brokeback Mountain
2 - Steven Spielberg, por Munique
3 - Terrence Malick, por Novo Mundo
4 - Woody Allen, por Match Point
5 - James Mangold, por Walk the Line

Ator:

1 - Joaquin Phoenix, por Walk the Line
2 - Eric Bana, por Munique
3 - Phillip Seymour Hoffman, por Capote
4 - David Strahairn, por Good Night and Good Luck
5 - Russel Crowe, por A Luta pela Esperança

Atriz:

1 - Reese Whitterspoon, por Walk the Line
2 - Judi Dench, por Sra. Henderson Apresenta
3 - Felicity Huffman, por Transamérica
4 - Charlize Theron, por The White Countness
5 - Naomi Watts, por King Kong

Roteiro Original:

1 - Woody Allen, por Match Point
2 - Paul Haggis e Bobby Moresco, por Crash
3 - George Clooney e Grant Heslov, por Good Night and Good Luck
4 - Thomas Bezucha, por The Family Stone
5 - Noan Baumbach, por A Lula e a Baleia

Roteiro Adaptado:

1 - Tony Kushner e Eric Roth, por Munique
2 - Larry McMurtry e Diana Ossana, por Brokeback Mountain
3 - Gill Dennis e James Mangold, por Walk the Line
4 - Dan Futterman, por Capote
5 - Josh Olson, por Marcas da Violência

Ator Coadjuvante:

1 - Bob Hoskins, por Sra. Henderson Apresenta
2 - Matt Dillon, por Crash
3 - Geoffrey Rush, por Munique
4 - Paul Giamatti, por A Luta pela Esperança
5 - George Clooney, por Syriana

Atriz Coadjuvante:

1 - Diane Keaton, por The Family Stone
2 - Scarlett Johanson, por Match Point
3 - Maria Bello, por Marcas da Violência
4 - Rachel Weisz, por O Jardineiro Fiel
5 - Catherine Keener, por Capote

É isso. Depois, quem sabe, eu coloque uns comentários...

P.S.: O teaser do "Maria Antonieta", novo da Sofia Coppola, tá muito bom (toca até New Order, pra vocês terem uma idéia). Com certeza um dos filmes que mais aguardo para o próximo ano.

Ouvindo: The Smashing Pumpkins - 1979

sábado, dezembro 03, 2005

O Terrível Mundo das Corporações

Em Boa Companhia (In Good Company, 04, Dir: Paul Weitz)

Topher Grace and Dennis Quaid in Universal Pictures' In Good Company

Paul Weitz é, de fato, um diretor competente. Começou (junto com seu irmão Chris) no besteirol com American Pie, passou por o remake O Céu Pode Esperar (que nunca vi, mas não me cheira bem não...), o adorável Um Grande Garoto (que, para a minha surpresa, resistiu muito bem a duas revisões), e no primeiro projeto longe do irmão, Em Boa Companhia, o sujeito consegue se sair igualmente bem.

As armadilhas na qual Weitz poderia cair são muitas, mas ele consegue desviá-las de uma ótima maneira, como por exemplo: ao invés de investir mais em um romance entre a personagem de Scarlett Johansson e o de Topher Grace, Weitz se mostra mais preocupado na relação "geral" entre os personagens, sem deixar algum em segundo plano (e o interessante. No meio disso ele ainda consegue lançar uma dura crítica à política das grandes corporações, como na cena do discurso do personagem de Dennis Quaid sobre justamente isso, ou então quando um personagem diz que se sente como se tivesse sido usado, e o melhor de tudo é que isso não é tratado com sensacionalismo.

Fora isso, temos belas atuações do elenco, com um Dennis Quaid muito inspirado, Johansson está ótima também, lindinha como sempre, e também tem o Topher Grace (o Eric Forman da sensacional série That 70's Show), muito bom ator, talentosíssimo, e que aqui funciona otimamente.

Como resultado final podemos tirar um belo trabalho de Weitz (que, mais uma vez, deve figurar em um TOP 15 do ano)

Cotação:

Ouvindo: Sufjan Stevens - Chicago