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terça-feira, novembro 22, 2005

Hora de Voltar

Tudo Acontece em Elizabethtown (Elizabethtown, 2005, Dir: Cameron Crowe)

Kirsten Dunst and Orlando Bloom in Paramount Pictures' Elizabethtown

Ok, é bem verdade que surgiram por aí comentários bem maldosos sobre o novo filme do Cameron Crowe, Tudo Acontece em Elizabethtown (citarei o filme com o título original, já que esse nacional é muito grande...). No banco de críticas Rotten Tomatoes, por exemplo, o filme ganhou uma porcentagem bem fraquinha de 27%, e muita gente saiu esculhambando. Aqui no Brasil o filme vem tendo praticamente a mesma recepção: gente falando que Crowe "perdeu a mão", entre outras bobagens. E não, não concordo de modo algum com isso.

Primeiramente: Crowe consegue habilidosamente escapar de certos clichês que outros diretores mais descuidados não deixariam escapar. Quer exemplos? Peguemos uma cena: a personagem de Susan Sarandon faz um discurso sobre a importância do seu marido (logo o pai do protagonista) na sua vida. Poderia ser um momento completamente mela-cueca, mas não. Crowe é suficientemente experiente para não cair numa rmadilha dessa: a cena termina com uma piada envolvendo um "membro duro" (não vou entrar em maiores detalhes sobre isso) e com ainda mais irreverência.

Além disso, ele consegue impor uma imensa sensiblidade em certas cenas, como na primeira vez em o personagem de Bloom vê o seu pai morto (uma cena excelente, onde notamos como a relação distanciada entre os protagonistas e que tem como trilha sonora de fundo a música "My Father's Gun", do Elthon John). Ou então o que falar dos belíssimos closes concebidos por Crowe (me lembrei invetavelmente do Jonhattan Demme), como na cena do reencontro do protagonista com seus parentes? Ah, e também tem a trilha sonora, escolhida a dedo. Em todo a cena da viagem de volta, por exemplo, temos a trilha sonora perfeita para cada momento (na atualidade, acho que os três cineastas que sabem melhor escolher a música certa para o momento certo sejam o Tarantino, o Wes Anderson e o Crowe).

Já o Orlando Bloom, ator que esteve terrível em, por exemplo, "Piratas do Caribe" e na trilogia "O Senhor dos Anéis", mas que aqui até que não está tão ruim. Não consegui desprezá-lo como nos dois filmes citados anteriormente, mas isso não significa que esteja excelente, ou qualquer outra. O sujeito está visivelmente esforçado e dedicado ao papel, e, vejam só, ele consegue até chorar em cena. Mas tenho a impressão que um personagem tão bem escrito merecesse um ator mais digno, mas OK, ele não está tão ruim assim. Quem rouba a cena é mesmo Kirsten Dunst, interpretando adoravelmente uma personagem muito bonitinha (e que me despertou simpatia desde a primeira vez em que a vi). Aliás, a personagem me lembrou um pouco a Lena (interpretada por Emily Watson), em "Embriagado de Amor" do Paul Thomas Anderson, já que ambas representam uma luz na vida do protagonista.

Mas, tenho que ser franco: "Elizabethtown" está bem abaixo de outros trabalhos do Crowe, como os sensacionais Jerry Maguire e Quase Famosos. Mas quem liga para isso quando a mais nova produção do diretor é um filme bastante acima da média e muito bem feito? Eu não.

Cotação: 3.5/5 (7.0) [mas talvez suba com o tempo; tô com uma vontade imensa de rever o mais rápido possível]

Ouvindo: Elthon John - My Father's Gun

9 Comments:

  • At 1:27 PM, Blogger Luiz Henrique Oliveira said…

    Só posso fazer concordar com você, Rodrigo. O filme é bom, mas Quase Famosos é superior. Mas isso não tira a qualidade de Elizabetown.
    Um abraço, até logo e aparece no MSN, rapaz!

     
  • At 1:46 PM, Anonymous Anônimo said…

    Elizabethtown tem uma trilha sonora fantástica, e Cameron Crowe sabe muito bem incluir canções em seus filmes. Mas dessa vez, os diálogos não colaboraram muito, não acha? E o que houve com Susan Sarandon e aquele cena ridícula?

    Valeu por passar no Epílogo. Estarei sempre te visitando. Até mais.

     
  • At 2:11 PM, Anonymous Anônimo said…

    Sabe que eu acho que se não fosse o Orlando Bloom, o filme subiria um pouco nas médias por aí... mas realmente, as meninas (Susan e Kirsten) estão ótimas em suas personagens.

     
  • At 6:06 AM, Anonymous Anônimo said…

    Bom, o Orlando Bloom é ruim demais e nesse filme inclui-se. Até na narração em Off, o cara consegue ter uma locução lamentável de ruim. De resto, é um filme que é uma graça, concordo com você. É bem escrito, bem feito, não tem porque ter tantas criticas como teve...

     
  • At 11:06 AM, Anonymous Anônimo said…

    Luiz, entrarei no MSN sim! Mas não encontro mais você por lá.

    Hudson, eu gostei dos diálogos, principalmente naquela conversa ao telefone. Mas qual é a cena que você achou ridicula? A do discurso? Eu gosto dela. :)

    Teco, eu acho o Bloom OK no filme, mas tem outros atores MUITO melhores que ele na atualidade, realmente.

    Henrique, eu acho que, dessa vez, o roteiro do filme ajudou o Bloom. hehe.

     
  • At 10:33 PM, Blogger Gustavo H.R. said…

    Crítica interessante, Rodrigo. Estava revendo BEM AMADA dia desses e percebi o talento de Demme em utilizar-se de closes, algo que não havia percebido no cinema de Crowe. Apesar dos aspectos positivos que voc~e ressaltou, acho que vou pular esse filme e rever a versão estendida de QUASE FAMOSOS - uma delícia.

    Cumps.

     
  • At 1:14 PM, Anonymous Anônimo said…

    vcs fikm falandu mal do Orlando Bloom pq naum tem nda pra fazr pq ele eh mtu perfeitu ele atua mtu bem e vcs taum cum inveja pq naum saum famosos,lindus e perfeitus comu ele

    vaum fazr koiza q preste pq fikr falando mal dele eh lamentável

     
  • At 9:20 PM, Anonymous Anônimo said…

    Eu adorei esse filme! Simplesmente perfeito... E são poucos os que assistiram ou que pelo menos ouviram falar! E a performace de Orlando Bloom foi maravilhosa, sinto muito descordar, mas ele é um bom ator. Não tanto quanto Kirsten Dunst!

     
  • At 9:29 PM, Blogger Flavia said…

    Eu adorei o filme e choro toda vez q assisto...

     

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