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Tudo Acontece em Elizabethtown (Elizabethtown, 2005, Dir: Cameron Crowe)
Ok, é bem verdade que surgiram por aí comentários bem maldosos sobre o novo filme do Cameron Crowe, Tudo Acontece em Elizabethtown (citarei o filme com o título original, já que esse nacional é muito grande...). No banco de críticas Rotten Tomatoes, por exemplo, o filme ganhou uma porcentagem bem fraquinha de 27%, e muita gente saiu esculhambando. Aqui no Brasil o filme vem tendo praticamente a mesma recepção: gente falando que Crowe "perdeu a mão", entre outras bobagens. E não, não concordo de modo algum com isso.
Primeiramente: Crowe consegue habilidosamente escapar de certos clichês que outros diretores mais descuidados não deixariam escapar. Quer exemplos? Peguemos uma cena: a personagem de Susan Sarandon faz um discurso sobre a importância do seu marido (logo o pai do protagonista) na sua vida. Poderia ser um momento completamente mela-cueca, mas não. Crowe é suficientemente experiente para não cair numa rmadilha dessa: a cena termina com uma piada envolvendo um "membro duro" (não vou entrar em maiores detalhes sobre isso) e com ainda mais irreverência.
Além disso, ele consegue impor uma imensa sensiblidade em certas cenas, como na primeira vez em o personagem de Bloom vê o seu pai morto (uma cena excelente, onde notamos como a relação distanciada entre os protagonistas e que tem como trilha sonora de fundo a música "My Father's Gun", do Elthon John). Ou então o que falar dos belíssimos closes concebidos por Crowe (me lembrei invetavelmente do Jonhattan Demme), como na cena do reencontro do protagonista com seus parentes? Ah, e também tem a trilha sonora, escolhida a dedo. Em todo a cena da viagem de volta, por exemplo, temos a trilha sonora perfeita para cada momento (na atualidade, acho que os três cineastas que sabem melhor escolher a música certa para o momento certo sejam o Tarantino, o Wes Anderson e o Crowe).
Já o Orlando Bloom, ator que esteve terrível em, por exemplo, "Piratas do Caribe" e na trilogia "O Senhor dos Anéis", mas que aqui até que não está tão ruim. Não consegui desprezá-lo como nos dois filmes citados anteriormente, mas isso não significa que esteja excelente, ou qualquer outra. O sujeito está visivelmente esforçado e dedicado ao papel, e, vejam só, ele consegue até chorar em cena. Mas tenho a impressão que um personagem tão bem escrito merecesse um ator mais digno, mas OK, ele não está tão ruim assim. Quem rouba a cena é mesmo Kirsten Dunst, interpretando adoravelmente uma personagem muito bonitinha (e que me despertou simpatia desde a primeira vez em que a vi). Aliás, a personagem me lembrou um pouco a Lena (interpretada por Emily Watson), em "Embriagado de Amor" do Paul Thomas Anderson, já que ambas representam uma luz na vida do protagonista.
Mas, tenho que ser franco: "Elizabethtown" está bem abaixo de outros trabalhos do Crowe, como os sensacionais Jerry Maguire e Quase Famosos. Mas quem liga para isso quando a mais nova produção do diretor é um filme bastante acima da média e muito bem feito? Eu não.
Cotação: 3.5/5 (7.0) [mas talvez suba com o tempo; tô com uma vontade imensa de rever o mais rápido possível]
Ouvindo: Elthon John - My Father's Gun
Ok, é bem verdade que surgiram por aí comentários bem maldosos sobre o novo filme do Cameron Crowe, Tudo Acontece em Elizabethtown (citarei o filme com o título original, já que esse nacional é muito grande...). No banco de críticas Rotten Tomatoes, por exemplo, o filme ganhou uma porcentagem bem fraquinha de 27%, e muita gente saiu esculhambando. Aqui no Brasil o filme vem tendo praticamente a mesma recepção: gente falando que Crowe "perdeu a mão", entre outras bobagens. E não, não concordo de modo algum com isso.
Primeiramente: Crowe consegue habilidosamente escapar de certos clichês que outros diretores mais descuidados não deixariam escapar. Quer exemplos? Peguemos uma cena: a personagem de Susan Sarandon faz um discurso sobre a importância do seu marido (logo o pai do protagonista) na sua vida. Poderia ser um momento completamente mela-cueca, mas não. Crowe é suficientemente experiente para não cair numa rmadilha dessa: a cena termina com uma piada envolvendo um "membro duro" (não vou entrar em maiores detalhes sobre isso) e com ainda mais irreverência.
Além disso, ele consegue impor uma imensa sensiblidade em certas cenas, como na primeira vez em o personagem de Bloom vê o seu pai morto (uma cena excelente, onde notamos como a relação distanciada entre os protagonistas e que tem como trilha sonora de fundo a música "My Father's Gun", do Elthon John). Ou então o que falar dos belíssimos closes concebidos por Crowe (me lembrei invetavelmente do Jonhattan Demme), como na cena do reencontro do protagonista com seus parentes? Ah, e também tem a trilha sonora, escolhida a dedo. Em todo a cena da viagem de volta, por exemplo, temos a trilha sonora perfeita para cada momento (na atualidade, acho que os três cineastas que sabem melhor escolher a música certa para o momento certo sejam o Tarantino, o Wes Anderson e o Crowe).
Já o Orlando Bloom, ator que esteve terrível em, por exemplo, "Piratas do Caribe" e na trilogia "O Senhor dos Anéis", mas que aqui até que não está tão ruim. Não consegui desprezá-lo como nos dois filmes citados anteriormente, mas isso não significa que esteja excelente, ou qualquer outra. O sujeito está visivelmente esforçado e dedicado ao papel, e, vejam só, ele consegue até chorar em cena. Mas tenho a impressão que um personagem tão bem escrito merecesse um ator mais digno, mas OK, ele não está tão ruim assim. Quem rouba a cena é mesmo Kirsten Dunst, interpretando adoravelmente uma personagem muito bonitinha (e que me despertou simpatia desde a primeira vez em que a vi). Aliás, a personagem me lembrou um pouco a Lena (interpretada por Emily Watson), em "Embriagado de Amor" do Paul Thomas Anderson, já que ambas representam uma luz na vida do protagonista.
Mas, tenho que ser franco: "Elizabethtown" está bem abaixo de outros trabalhos do Crowe, como os sensacionais Jerry Maguire e Quase Famosos. Mas quem liga para isso quando a mais nova produção do diretor é um filme bastante acima da média e muito bem feito? Eu não.
Cotação: 3.5/5 (7.0) [mas talvez suba com o tempo; tô com uma vontade imensa de rever o mais rápido possível]
Ouvindo: Elthon John - My Father's Gun
9 Comments:
At 1:27 PM, Luiz Henrique Oliveira said…
Só posso fazer concordar com você, Rodrigo. O filme é bom, mas Quase Famosos é superior. Mas isso não tira a qualidade de Elizabetown.
Um abraço, até logo e aparece no MSN, rapaz!
At 1:46 PM, Anônimo said…
Elizabethtown tem uma trilha sonora fantástica, e Cameron Crowe sabe muito bem incluir canções em seus filmes. Mas dessa vez, os diálogos não colaboraram muito, não acha? E o que houve com Susan Sarandon e aquele cena ridícula?
Valeu por passar no Epílogo. Estarei sempre te visitando. Até mais.
At 2:11 PM, Anônimo said…
Sabe que eu acho que se não fosse o Orlando Bloom, o filme subiria um pouco nas médias por aí... mas realmente, as meninas (Susan e Kirsten) estão ótimas em suas personagens.
At 6:06 AM, Anônimo said…
Bom, o Orlando Bloom é ruim demais e nesse filme inclui-se. Até na narração em Off, o cara consegue ter uma locução lamentável de ruim. De resto, é um filme que é uma graça, concordo com você. É bem escrito, bem feito, não tem porque ter tantas criticas como teve...
At 11:06 AM, Anônimo said…
Luiz, entrarei no MSN sim! Mas não encontro mais você por lá.
Hudson, eu gostei dos diálogos, principalmente naquela conversa ao telefone. Mas qual é a cena que você achou ridicula? A do discurso? Eu gosto dela. :)
Teco, eu acho o Bloom OK no filme, mas tem outros atores MUITO melhores que ele na atualidade, realmente.
Henrique, eu acho que, dessa vez, o roteiro do filme ajudou o Bloom. hehe.
At 10:33 PM, Gustavo H.R. said…
Crítica interessante, Rodrigo. Estava revendo BEM AMADA dia desses e percebi o talento de Demme em utilizar-se de closes, algo que não havia percebido no cinema de Crowe. Apesar dos aspectos positivos que voc~e ressaltou, acho que vou pular esse filme e rever a versão estendida de QUASE FAMOSOS - uma delícia.
Cumps.
At 1:14 PM, Anônimo said…
vcs fikm falandu mal do Orlando Bloom pq naum tem nda pra fazr pq ele eh mtu perfeitu ele atua mtu bem e vcs taum cum inveja pq naum saum famosos,lindus e perfeitus comu ele
vaum fazr koiza q preste pq fikr falando mal dele eh lamentável
At 9:20 PM, Anônimo said…
Eu adorei esse filme! Simplesmente perfeito... E são poucos os que assistiram ou que pelo menos ouviram falar! E a performace de Orlando Bloom foi maravilhosa, sinto muito descordar, mas ele é um bom ator. Não tanto quanto Kirsten Dunst!
At 9:29 PM, Flavia said…
Eu adorei o filme e choro toda vez q assisto...
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