Herói Humano
Missão:Impossível 3 (Mission:Impossible 3, 2006, J.J Abrams)
Talvez o me tenha feito guardar tanta expectativa em relação a Missão:Impossível 3 seja o nome que fica atrás das câmeras: J.J Abrams. E por que? Por causa de Lost, oras, a melhor série da atualidade. Mas me restava uma dúvida: será que Abrams iria seguir os passos de John Woo ou do Brian De Palma? Felizmente, após ver o filme, posso dizer com convicção que ele está mais para De Palma que para Woo, mas Abrams consegue impor um estilo próprio de filmar. Sei que pode ser cedo demais para afirmar isto e de que daqui a dois, três anos posso me arrepender e feio de ter dito aquilo (pois já pensou ele se mete em alguma roubada produzida pelo Jerry Bruckheimer e estraga a sua carreira como diretor de cinema?), mas depois que eu vi aquela cena inicial, com a câmera bêbada típica de Lost, vejo que Abrams realmente é talentosíssimo. Aliás, o início do filme é algo bastante corajoso, com o herói da trama, Ethan Hunt, nas mãos do vilão interpretado excelentemente pelo Phillip Seymour Hoffman (o personagem, diga-se de passagem, é o vilão mais cruel e vingativo que a franquia já teve), e com uma estrutura emocional completamente abalada. E é aí que se encontra o maior mérito do filme: em nenhuma das outras duas partes o herói se encontrou tão vulnerável, tão humano.
Como se isso tudo não bastasse, J.J Abrams ainda cria sequencias de ação sensacionais (e improvaveis também, é verdade, mas reclamar disso em filmes do gênero é chover no molhado), como a da ponte ou do golpe em Vaticano. E se depender desse novo Missão:Impossível os próximos filmes que virão da franquia serão, no mínimo, decentes.
Ouvindo: Bob Dylan - Idiot Wind
Talvez o me tenha feito guardar tanta expectativa em relação a Missão:Impossível 3 seja o nome que fica atrás das câmeras: J.J Abrams. E por que? Por causa de Lost, oras, a melhor série da atualidade. Mas me restava uma dúvida: será que Abrams iria seguir os passos de John Woo ou do Brian De Palma? Felizmente, após ver o filme, posso dizer com convicção que ele está mais para De Palma que para Woo, mas Abrams consegue impor um estilo próprio de filmar. Sei que pode ser cedo demais para afirmar isto e de que daqui a dois, três anos posso me arrepender e feio de ter dito aquilo (pois já pensou ele se mete em alguma roubada produzida pelo Jerry Bruckheimer e estraga a sua carreira como diretor de cinema?), mas depois que eu vi aquela cena inicial, com a câmera bêbada típica de Lost, vejo que Abrams realmente é talentosíssimo. Aliás, o início do filme é algo bastante corajoso, com o herói da trama, Ethan Hunt, nas mãos do vilão interpretado excelentemente pelo Phillip Seymour Hoffman (o personagem, diga-se de passagem, é o vilão mais cruel e vingativo que a franquia já teve), e com uma estrutura emocional completamente abalada. E é aí que se encontra o maior mérito do filme: em nenhuma das outras duas partes o herói se encontrou tão vulnerável, tão humano.
Como se isso tudo não bastasse, J.J Abrams ainda cria sequencias de ação sensacionais (e improvaveis também, é verdade, mas reclamar disso em filmes do gênero é chover no molhado), como a da ponte ou do golpe em Vaticano. E se depender desse novo Missão:Impossível os próximos filmes que virão da franquia serão, no mínimo, decentes.
Ouvindo: Bob Dylan - Idiot Wind