Kung-Fusão
Gong Fu (2004)
Stephen Chow, diretor, roteirista, ator e produto deste “Kung-Fusão”, tem tudo para que, futuramente, seja um novo Jackie Chan em Hollywood. Não, não estou dizendo que ele virá a fazer bombas como “O Terno de 2 Bilhões de Dólares”, mas que ele pode fazer sucesso (seja de público ou de crítica) lá nos Estados Unidos. Em “Kung-Fusão”, Chow faz uma mistura de ação, comédia, gangsteres, e uma trama com um pouco de romance, e o resultado dessa fórmula é um ótimo filme.
Sing (Stephen Chow) é um rapaz desastrado que deseja fazer parte da “Gangue dos Machados”, que amedronta a cidade. Quando Sing tenta roubar um dos moradores do conjunto habitacional periférico “Curral do Porco”, ele descobre que vários moradores do local são mestres de Kung-Fu, e a Gangue dos Machados acaba por entrar em conflito com a periferia.
O roteiro escrito por Chow abusa do non-sense. Durante as horas de projeção, vemos machados e pessoas voando, e personagens incríveis. Dois que chamam grande atenção é a proprietária do “Curral do Porco”, que solta um grito monstruoso, e um garoto que vive com a bunda de fora. E também existem outros que chamam a atenção, como o melhor amigo de Sing. Outro ponto forte do roteiro são as alusões a outros filmes, como “Homem-Aranha” e “O Iluminado”, e a desenhos animados (aquele do Papaléguas, por exemplo). Chow também consegue criar situações criativas e extremamente engraçadas: uma que merece destaque é a que Sing sem querer acaba se auto-esfaqueando.
A direção de Chow é outro espetáculo a parte. Elegante, com espírito dos filmes de kung fu da década de 70, clima de filmes de gangsters e de western spaghetti, e ainda é imposto uma ritmo alucinante as cenas de luta (um bom exemplo é a seqüência da primeira luta entre o “Curral do Porco” e a “Gangue do Machado”). Também vale destacar que o humor que Chow faz é um humor ingênuo, inocente. Nunca se torna apelativo, mas consegue arrancar o riso de uma maneira espetacular.
As atuações também são ótimas. Qiu Yuen, interpretando a proprietária do “Curral do Porco”, e Wah Yuen, fazendo o marido dela, estão muito bem. Carismáticos e possuem uma química interessante. Chi Chung Lam está hilário como o melhor amigo de Sing (e o melhor de tudo é que ele não precisa fazer caras e bocas). Outro que merece destaque é, mais uma vez, Chow, que também está bem engraçado.
Enfim, “Kung-fusão” já é uma das surpresas mais agradáveis do ano. Excelente direção e roteiro de Stephen Chow, e muito boas atuações. Não chega a ser uma obra-prima, mas consegue bom o bastante para integrar nos melhores do ano até o momento.
Cotação: 4/5
Até mais e abraços; Rodrigo
Ouvindo: Jon Brion - Knock Yourself Out
Stephen Chow, diretor, roteirista, ator e produto deste “Kung-Fusão”, tem tudo para que, futuramente, seja um novo Jackie Chan em Hollywood. Não, não estou dizendo que ele virá a fazer bombas como “O Terno de 2 Bilhões de Dólares”, mas que ele pode fazer sucesso (seja de público ou de crítica) lá nos Estados Unidos. Em “Kung-Fusão”, Chow faz uma mistura de ação, comédia, gangsteres, e uma trama com um pouco de romance, e o resultado dessa fórmula é um ótimo filme.
Sing (Stephen Chow) é um rapaz desastrado que deseja fazer parte da “Gangue dos Machados”, que amedronta a cidade. Quando Sing tenta roubar um dos moradores do conjunto habitacional periférico “Curral do Porco”, ele descobre que vários moradores do local são mestres de Kung-Fu, e a Gangue dos Machados acaba por entrar em conflito com a periferia.
O roteiro escrito por Chow abusa do non-sense. Durante as horas de projeção, vemos machados e pessoas voando, e personagens incríveis. Dois que chamam grande atenção é a proprietária do “Curral do Porco”, que solta um grito monstruoso, e um garoto que vive com a bunda de fora. E também existem outros que chamam a atenção, como o melhor amigo de Sing. Outro ponto forte do roteiro são as alusões a outros filmes, como “Homem-Aranha” e “O Iluminado”, e a desenhos animados (aquele do Papaléguas, por exemplo). Chow também consegue criar situações criativas e extremamente engraçadas: uma que merece destaque é a que Sing sem querer acaba se auto-esfaqueando.
A direção de Chow é outro espetáculo a parte. Elegante, com espírito dos filmes de kung fu da década de 70, clima de filmes de gangsters e de western spaghetti, e ainda é imposto uma ritmo alucinante as cenas de luta (um bom exemplo é a seqüência da primeira luta entre o “Curral do Porco” e a “Gangue do Machado”). Também vale destacar que o humor que Chow faz é um humor ingênuo, inocente. Nunca se torna apelativo, mas consegue arrancar o riso de uma maneira espetacular.
As atuações também são ótimas. Qiu Yuen, interpretando a proprietária do “Curral do Porco”, e Wah Yuen, fazendo o marido dela, estão muito bem. Carismáticos e possuem uma química interessante. Chi Chung Lam está hilário como o melhor amigo de Sing (e o melhor de tudo é que ele não precisa fazer caras e bocas). Outro que merece destaque é, mais uma vez, Chow, que também está bem engraçado.
Enfim, “Kung-fusão” já é uma das surpresas mais agradáveis do ano. Excelente direção e roteiro de Stephen Chow, e muito boas atuações. Não chega a ser uma obra-prima, mas consegue bom o bastante para integrar nos melhores do ano até o momento.
Cotação: 4/5
Até mais e abraços; Rodrigo
Ouvindo: Jon Brion - Knock Yourself Out
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home