Guerra dos Mundos
War of the Worlds
Spielberg já deixou claro em seus filmes que ele tem certeza que existe vida fora da Terra. Em “E.T.”, por exemplo, o diretor narra a história de um extraterrestre que chega na Terra e que deseja voltar para sua terra natal. Isso veio a se repetir em “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” e até mesmo em “AI – Inteligência Artificial”. Não por muita coincidência, todos eles são bonzinhos; acham os humanos seres estranhos, assim como nós os achamos. Porém, agora as coisas se inverteram: em “Guerra dos Mundos” os extraterrestres são seres malvados, impiedosos, e desejam exterminar a raça humana. Mas, infelizmente, o resultado não foi tão bom quanto o esperado: até a metade do seu segundo ato “Guerra dos Mundos” cumpre as minhas expectativas, mas depois as coisas desandam até demais.
Ray Ferrier (Tom Cruise) é um operador de guindaste divorciado e que passa o fim-de-semana com seus filhos, Rachel e Robbie. Em um desses dias, a população de sua cidade é surpreendida por um Tripod, que começa a exterminar toda população mundial. Assim, Ray e seus dois filhos tentarão sobreviver a todo custo.
O roteiro escrito por Josh Friedman (que tem alguns filmes famosos em seu currículo, como “O Pagamento Final” e “Homem-Aranha”) e David Koepp, baseado no livro clássico da ficção-científica escrio por H.G Wells possui um primeiro ato excelente. Além de não estereotipar o protagonista, eles colocam alusões muito boas à paranóia Porém, é na metade do segundo ato que os dois perdem parte do seu rumo: apesar da inclusão de um excelente personagem (Harlan Ogilvy, o mais interessante do filme; interpretado por Tim Robbins), a partir daí o filme se torna muito bobinho; cai no lugar comum dos filmes catástrofes. Mas, se tudo estava ao menos mediano, Friedman e Koepp se perde de vez no final, quando o espectador se depara com um final feliz demais.
Porém, Spielberg também tem parte de culpa nisso. Até o terceiro ato, sua direção é segura e extremamente tensa; retrata com crueldade o extermínio, e o mais admirável é que ele não utiliza do sangue para mostrar a guerra (em uma cena, por exemplo, Rachel vê milhares de corpos boiando na água; uma cena até mesmo incômoda, aliás). Porém no final Spielberg decide colocar sentimentalismo onde não devia. Eu sei que falar que a conclusão de seus filmes possuem melodrama é um clichê, mas ele poderia muito bem abrir uma exceção desta vez.
O elenco também não faz feio, mas nada de grandioso. Tom Cruise está bem; Dakota Fanning não faz nada além de soltar gritinhos aterrorizados durante o filme (mas está até simpática). O melhor de todos é o Tim Robbins, com uma ótima interpretação; bastante fiel a seu personagem.
Enfim, “Guerra dos Mundos” é um filme bem fraquinho. Tem como principal ponto forte a boa direção de Spielbreg, mas o seu maior problema é o final feliz demais, e o fraco roteiro. Uma decepção.
Cotação: 2/5
Até mais e abraços; Rodrigo
Ouvindo: Velvet Underground - Stephenie Says
Spielberg já deixou claro em seus filmes que ele tem certeza que existe vida fora da Terra. Em “E.T.”, por exemplo, o diretor narra a história de um extraterrestre que chega na Terra e que deseja voltar para sua terra natal. Isso veio a se repetir em “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” e até mesmo em “AI – Inteligência Artificial”. Não por muita coincidência, todos eles são bonzinhos; acham os humanos seres estranhos, assim como nós os achamos. Porém, agora as coisas se inverteram: em “Guerra dos Mundos” os extraterrestres são seres malvados, impiedosos, e desejam exterminar a raça humana. Mas, infelizmente, o resultado não foi tão bom quanto o esperado: até a metade do seu segundo ato “Guerra dos Mundos” cumpre as minhas expectativas, mas depois as coisas desandam até demais.
Ray Ferrier (Tom Cruise) é um operador de guindaste divorciado e que passa o fim-de-semana com seus filhos, Rachel e Robbie. Em um desses dias, a população de sua cidade é surpreendida por um Tripod, que começa a exterminar toda população mundial. Assim, Ray e seus dois filhos tentarão sobreviver a todo custo.
O roteiro escrito por Josh Friedman (que tem alguns filmes famosos em seu currículo, como “O Pagamento Final” e “Homem-Aranha”) e David Koepp, baseado no livro clássico da ficção-científica escrio por H.G Wells possui um primeiro ato excelente. Além de não estereotipar o protagonista, eles colocam alusões muito boas à paranóia Porém, é na metade do segundo ato que os dois perdem parte do seu rumo: apesar da inclusão de um excelente personagem (Harlan Ogilvy, o mais interessante do filme; interpretado por Tim Robbins), a partir daí o filme se torna muito bobinho; cai no lugar comum dos filmes catástrofes. Mas, se tudo estava ao menos mediano, Friedman e Koepp se perde de vez no final, quando o espectador se depara com um final feliz demais.
Porém, Spielberg também tem parte de culpa nisso. Até o terceiro ato, sua direção é segura e extremamente tensa; retrata com crueldade o extermínio, e o mais admirável é que ele não utiliza do sangue para mostrar a guerra (em uma cena, por exemplo, Rachel vê milhares de corpos boiando na água; uma cena até mesmo incômoda, aliás). Porém no final Spielberg decide colocar sentimentalismo onde não devia. Eu sei que falar que a conclusão de seus filmes possuem melodrama é um clichê, mas ele poderia muito bem abrir uma exceção desta vez.
O elenco também não faz feio, mas nada de grandioso. Tom Cruise está bem; Dakota Fanning não faz nada além de soltar gritinhos aterrorizados durante o filme (mas está até simpática). O melhor de todos é o Tim Robbins, com uma ótima interpretação; bastante fiel a seu personagem.
Enfim, “Guerra dos Mundos” é um filme bem fraquinho. Tem como principal ponto forte a boa direção de Spielbreg, mas o seu maior problema é o final feliz demais, e o fraco roteiro. Uma decepção.
Cotação: 2/5
Até mais e abraços; Rodrigo
Ouvindo: Velvet Underground - Stephenie Says
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