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domingo, maio 22, 2005

O Fim da Grande Saga

Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith



Era uma vez... um homem chamado George Walter Lucas Jr. Ele, nascido em 1944, criou, somente com 33 anos (em 1977), uma das maiores sagas de todos os tempos. Se chamava “Star Wars”, e que, além de ter feito uma revolução no quesito de efeitos especiais, possuía uma trama das mais criativas. “Uma Nova Esperança”, o nome do primeiro filme da série, narrava uma história passada em uma galáxia muito distante, onde o bem (os Jedis) e o mal (O The Dark Side Of The Force) vivem uma intensa luta. Depois, Lucas deu uma (enorme) parada nos filmes. “O Império Contra-Ataca”, de 1980, ficou nas mãos de Irvin Kershner, que conseguiu fazer uma filme obscuro, se saindo excelentemente. Ainda parado, em 1983 foi a vez de Richard Marquand dirigir um Episódio da série, “O Retorno de Jedi”, que é também muito bom. E foi só em 1999 que Lucas foi voltar, com os dois primeiros episódios da série: “A Ameça Fantasma” (filme muito fraco) e “O Ataque dos Clones” (de 2002, e que é bom).

E no ano de 2005, com “A Vingança dos Sith” Lucas vem para finalizar a série, desta vez mostrando como e porque Anakin Skywalker viria a ser o Darth Vader. E o resultado não podia ser melhor. O roteiro escrito por ele se sai bem ao não deixar furos com relação ao filme que antecede este (“Uma Nova Esperança”), mostrando que tudo foi feito com bastante paciência e cuidado; as respostas para as dúvidas deixadas Também é interessante ver o estudo que ele faz em cima de Anakin: mesmo sendo um dos mais habilidosos Jedis, ele está sujeito a ir para o Lado Negro, dando, assim, mais humanidade ao personagem (e também aos Jedis em geral). Também é bem relatada a relação entre Anakin/Obi-Wan, e, principalmente, Anakin/Palpatine. A primeira já havia sido mostrada no episódio anterior, só que desta vez ela vem com mais intensidade; e a segunda mostra como o Darth Sidious (Palpatine) seduziu Anakin para ir para o outro lado. Porém, é claro que Lucas comete erros. Pequenos erros, na verdade. O mais grave de todos são alguns diálogos um tanto clichês, como o “Noooooooooooooooooo” dito por um dos personagens no parte final. Mas nada que atrapalhe o resultado final.

A direção de Lucas também é muito boa. Logo nos primeiros minutos vemos um espetáculo invadir a tela: Anakin e Obi-Wan tentam resgatar o Senador das mãos de Conde Dooku. Seqüências empolgantes e belos movimentos de câmera. Mas confesso que, até o começo do segundo ato, estava me sentido um tanto decepcionado. Estava achando um ótimo filme, mas não tudo o que estavam falando lá fora. Porém, depois desta parte que citei o filme melhora imensamente: a carga dramática da história ganha força, e a narrativa se torna até mesmo sombria. As lutas também são bem conduzidas, principalmente a tensa batalha entre Obi-Wan e Anakin, que é uma das melhores cenas do ano, até então.

As atuações também são ótimas. Natalie Portman, interpretando Padmé, está muito bem; fiel a sua personagem (além de estar linda, como sempre). Já eu continuo achando que Hayden Christensen não nasceu para o papel de Anakin Skywalker. Não que ele esteja terrível, mas existem outros atores jovens com bem mais talento. Sua atuação durante a primeira hora de filme não é grande coisa; está inexpressivo. Porém, depois, ele cresce de rendimento, ficando mais livre com seu personagem (gostei dele). A elogiada atuação de Ian McDiarmid, fazendo Palpatine, também é ótima: as facetas que seu personagem exige não vem de forma exagerada, e sim de forma natural. Porém, o melhor do elenco é mesmo Ewan McGregor. Percebe-se que ele se esforça muito, e consegue interpretar com emoção Obi-Wan Kenobi.

Enfim, “Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith” é um excelente filme. Não achei uma obra-prima (talvez porque eu não seja um fã, apesar de gostar bastante), mas Geroge Lucas conseguiu finalizar com competência, fazendo, ao lado de “O Império Contra-Ataca”, o melhor filme da série.


Cotação: 5/5

Até mais e abraços; Rodrigo

Ouvindo: David Bowie - Rebel, Rebel