No Limite da Paciência
Bridget Jones: No Limite da Razão (Bridget Jones: The Edge os Reason, 04)
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Ás vezes fico com medo de estar sendo exigente demais com um filme de comédia. Alguns deles não tem vergonha de admitir que são feitos somente para divertir; porém existem outros que insultam com a nossa preciosa inteligência. Se me pedissem um exemplo de filme que se encaixasse no primeiro padrão citado diria “Entrando Numa Fria” (a primeira parte, porque a segunda me deixou indignado com a falta de criatividade dos roteiristas); e se me pedissem um exemplo do segundo diria sem pensar duas vezes: “Bridget Jones: No Limite da Razão”, que, aliás, não apresenta nenhum motivo para ter existido.
Bridget Jones era uma mulher solteirona, viciada em cigarros, e infeliz. Mas tudo isto muda quando ela conhece o bem-sucedido advogado Mark Darcy. Eles, agora, namoram e estão felizes. Porém, Bridget tem que conviver com o possível fato de seu namorando está a traindo com sua secretária, e a volta do mulherengo Daniel Cleaver na sua vida, que havia vivido um triangulo amoroso com ela antes.
O roteiro escrito por Andrew Davies, Adam Brooks, Helen Fielding (que também escreveu o livro que o filme foi baseado) e Richard Cutis (só que não notei nenhuma influência sua aqui) opta por um humor completamente diferente do primeiro filme: ao invés das piadas engraçadas e situações criativas, os dois colocam nesta segunda parte situações pastelonas. Um bom exemplo são as seqüências em que Bridget sai para esquiar (simplesmente sem graça). Os quatro roteiristas também erram ao colocar na história um dos maiores clichês do gênero de comédia: o fato de que sempre tem acontecer alguma coisa para que a protagonista não complete seus objetivos ou seja alvo de risadas (ou também outras coisas so gênero). A construção de Bridget também não é das melhores: se no primeiro filme era fácil gostar dela (graças, também, a ótima interpretação de Renée Zellweguer), neste segundo filme ela se torna extremamente ciumenta (quase chega a irritar). O triângulo amoroso entre ela, Mark e Daniel também soa forçado, principalmente pelo fato de que este último personagem parece ter sido acrescentado ao filme para este se tornar mais longo, e também para recriar a famosa cena em que ele e Mark brigam no primeiro filme (só que desta vez, a cena é constrangedora).
Já a direção de Beeban Kidron não há nada a declarar. Apenas mesmo que a narrativa imposta por ele é bobinha; não envolve o espectador. Além disto, o humor do filme é pastelão e sem graça. Fora isto, sua direção não tem nada a acrescentar; acho que também pelo fato do roteiro ser um absurdo.
As atuações também são grandes destaques. Reneé Zellweguer (que concorreu ao Globo de Ouro, sem nenhuma razão aparente) não está tão carismática como no primeiro filme. Sua performance é um tanto apática e sem graça. Colin Firth também é outro apagado em cena: gosto dele como ator, mas nesta segunda parte de “Bridget Jones” ele, assim como Zellweguer, está sem carisma e, o pior de tudo, inexpressivo. Mas o melhor do elenco é realmente Hugh Grant: dificilmente desgosto de seu trabalho em alguma produção (a sua melhor interpretação, na minha opinião, é nem “Um Grande Garoto”), e aqui ele é o único que se salva entre os atores, sempre muito simpático (pena que o seu personagem não tenha razão para aparecer, como disse no terceiro parágrafo).
Enfim, com um roteiro horrendo, uma direção que quase passa despercebida e atuações ruins (onde somente Grant se salva), “Bridget Jones: No Limite da Razão” não tem nenhum motivo para ter existido, principalmente pelo fato da primeira parte nunca ser necessitada de uma continuação. E que não venha a terceira parte!
Cotação: 2/5
Até mais e abraços; Rodrigo
Ouvindo: David Bowie - Rock N' Roll Suicide
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Ás vezes fico com medo de estar sendo exigente demais com um filme de comédia. Alguns deles não tem vergonha de admitir que são feitos somente para divertir; porém existem outros que insultam com a nossa preciosa inteligência. Se me pedissem um exemplo de filme que se encaixasse no primeiro padrão citado diria “Entrando Numa Fria” (a primeira parte, porque a segunda me deixou indignado com a falta de criatividade dos roteiristas); e se me pedissem um exemplo do segundo diria sem pensar duas vezes: “Bridget Jones: No Limite da Razão”, que, aliás, não apresenta nenhum motivo para ter existido.
Bridget Jones era uma mulher solteirona, viciada em cigarros, e infeliz. Mas tudo isto muda quando ela conhece o bem-sucedido advogado Mark Darcy. Eles, agora, namoram e estão felizes. Porém, Bridget tem que conviver com o possível fato de seu namorando está a traindo com sua secretária, e a volta do mulherengo Daniel Cleaver na sua vida, que havia vivido um triangulo amoroso com ela antes.
O roteiro escrito por Andrew Davies, Adam Brooks, Helen Fielding (que também escreveu o livro que o filme foi baseado) e Richard Cutis (só que não notei nenhuma influência sua aqui) opta por um humor completamente diferente do primeiro filme: ao invés das piadas engraçadas e situações criativas, os dois colocam nesta segunda parte situações pastelonas. Um bom exemplo são as seqüências em que Bridget sai para esquiar (simplesmente sem graça). Os quatro roteiristas também erram ao colocar na história um dos maiores clichês do gênero de comédia: o fato de que sempre tem acontecer alguma coisa para que a protagonista não complete seus objetivos ou seja alvo de risadas (ou também outras coisas so gênero). A construção de Bridget também não é das melhores: se no primeiro filme era fácil gostar dela (graças, também, a ótima interpretação de Renée Zellweguer), neste segundo filme ela se torna extremamente ciumenta (quase chega a irritar). O triângulo amoroso entre ela, Mark e Daniel também soa forçado, principalmente pelo fato de que este último personagem parece ter sido acrescentado ao filme para este se tornar mais longo, e também para recriar a famosa cena em que ele e Mark brigam no primeiro filme (só que desta vez, a cena é constrangedora).
Já a direção de Beeban Kidron não há nada a declarar. Apenas mesmo que a narrativa imposta por ele é bobinha; não envolve o espectador. Além disto, o humor do filme é pastelão e sem graça. Fora isto, sua direção não tem nada a acrescentar; acho que também pelo fato do roteiro ser um absurdo.
As atuações também são grandes destaques. Reneé Zellweguer (que concorreu ao Globo de Ouro, sem nenhuma razão aparente) não está tão carismática como no primeiro filme. Sua performance é um tanto apática e sem graça. Colin Firth também é outro apagado em cena: gosto dele como ator, mas nesta segunda parte de “Bridget Jones” ele, assim como Zellweguer, está sem carisma e, o pior de tudo, inexpressivo. Mas o melhor do elenco é realmente Hugh Grant: dificilmente desgosto de seu trabalho em alguma produção (a sua melhor interpretação, na minha opinião, é nem “Um Grande Garoto”), e aqui ele é o único que se salva entre os atores, sempre muito simpático (pena que o seu personagem não tenha razão para aparecer, como disse no terceiro parágrafo).
Enfim, com um roteiro horrendo, uma direção que quase passa despercebida e atuações ruins (onde somente Grant se salva), “Bridget Jones: No Limite da Razão” não tem nenhum motivo para ter existido, principalmente pelo fato da primeira parte nunca ser necessitada de uma continuação. E que não venha a terceira parte!
Cotação: 2/5
Até mais e abraços; Rodrigo
Ouvindo: David Bowie - Rock N' Roll Suicide
1 Comments:
At 8:16 PM, Anônimo said…
Bobagem!
O filme é uma refilmagem moderna do livro 'Orgulho e Preconceito" de Jane Austem
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