"Tamanho gigante, por favor!"
Super Size Me - A Dieta do Palhaço
A rede de fast food McDonalds é, provavelmente, a maior do mundo. As pessoas entram na lanchonete, compram um delicioso hambúrguer (com o devido acompanhamento: coca-cola; batatas-fritas; etc.), e saem feliz da vida. E estas pessoas vão voltando para lá cada vez com mais freqüência, e em um piscar de olhos estão obesas e com o seu fígado destroçado. É como um vício qualquer (como o do cigarro; da bebida;etc.), e chegam a um ponto que querem parar de ingerir tantos Big Mac’s; um quarteirão; um coca gigante (ou super size, como você preferir); e as tais batatas com inúmeras calorias (difíceis de serem perdidas; diga-se de passagem).
Pois bem, Morgan Spurlock, ispirado no caso de duas meninas que processaram o McDonalds, culpando a rede de fast food pela sua obesidade, estava decidido a comprovar tudo o que foi dito no parágrafo acima; mas de um jeito nada convencional: ele passaria a comer, durante todo um mês, somente alimentos do McDonalds, consultando de tempos em tempos três médicos e uma nutricionista, para provar o que
Talvez o maior erro cometido pelo documentarista seja quando o espectador se faça a pergunta: “Qual o principal argumento de Spurlock?”. Ah claro, o de que comer alimentos gordurosos e possivelmente modificados fazem mal a saúde. Mas quem não sabia disto? Então, qual seria o motivo para Spurlock fazer um documentário criticando os fast foods? A resposta é fácil: provavelmente, ele, vendo que estava fazendo uma direta crítica ao McDonalds, saberia que ia causar polêmica, e, conseqüentemente, aparecer como uma espécie de “homem corajoso e esperto” para críticos e público. E parece que isto funcionou: Morgan ganhou o prêmio de Melhor Diretor no festival de Sundance, além de ter sido agraciado por diversos críticos de cinema. Um fato triste, diga-se de passagem, já que Spurlock não faz nada mais do que comprovar o óbvio.
O documentarista também comete outros dois erros: os depoimentos, tão importantes nos documentários, presentes em “Super Size Me” são desinteressantes e, principalmente, não convincentes. Um dos entrevistados, por exemplo, chega a afirmar que sabia que comer em fast foods fazia mal à saúde; ou seja: nem mesmo como um alerta este “Super Size Me” parece servir. Outro que me deixou bastante irritado foi quando Spurlock mostra à algumas crianças (provavelmente entre seis a oito anos de idade) figuras de pessoas importantes: a maioria não sabia quem era Jesus Cristo, mas conheciam o palhaço símbolo da rede McDonalds. É difícil, para o espectador, saber se as tais crianças foram, ou não, mandadas a dizer aquelas coisas (para mim, aquilo tudo me não me soou muito natural). Outro erro cometido por Spurlock é que ele não sabe muito bem o que quer criticar: seria a rede McDonalds? A obesidade? Ou seria todos os fast food (como o Burger King, etc.)? Bem, estas perguntas eu não sei responder, mas é esta confusão de idéias que também atrapalha este “Super Size Me”.
Enfim, mesmo que este documentário cresça (um pouco) no seu terceiro ato e Morgan Spurlock seja um sujeito simpático, a falta de um argumento inteligente e de depoimentos ao menos convincentes dificulta o fato de “Super Size Me” ser um bom filme. Não é um desastre, mas é um filme bastante irregular e superestimado.
Cotação: 2/5
Até mais e abraços; Rodrigo
Ouvindo: Elliott Smith - Miss Misery
EDITADO: Coloquei links aqui no blog. Peço desculpas para aqueles que me esqueci de colocar um link (quando eu tiver mais tempo livre eu adiciono os que faltaram).
A rede de fast food McDonalds é, provavelmente, a maior do mundo. As pessoas entram na lanchonete, compram um delicioso hambúrguer (com o devido acompanhamento: coca-cola; batatas-fritas; etc.), e saem feliz da vida. E estas pessoas vão voltando para lá cada vez com mais freqüência, e em um piscar de olhos estão obesas e com o seu fígado destroçado. É como um vício qualquer (como o do cigarro; da bebida;etc.), e chegam a um ponto que querem parar de ingerir tantos Big Mac’s; um quarteirão; um coca gigante (ou super size, como você preferir); e as tais batatas com inúmeras calorias (difíceis de serem perdidas; diga-se de passagem).
Pois bem, Morgan Spurlock, ispirado no caso de duas meninas que processaram o McDonalds, culpando a rede de fast food pela sua obesidade, estava decidido a comprovar tudo o que foi dito no parágrafo acima; mas de um jeito nada convencional: ele passaria a comer, durante todo um mês, somente alimentos do McDonalds, consultando de tempos em tempos três médicos e uma nutricionista, para provar o que
Talvez o maior erro cometido pelo documentarista seja quando o espectador se faça a pergunta: “Qual o principal argumento de Spurlock?”. Ah claro, o de que comer alimentos gordurosos e possivelmente modificados fazem mal a saúde. Mas quem não sabia disto? Então, qual seria o motivo para Spurlock fazer um documentário criticando os fast foods? A resposta é fácil: provavelmente, ele, vendo que estava fazendo uma direta crítica ao McDonalds, saberia que ia causar polêmica, e, conseqüentemente, aparecer como uma espécie de “homem corajoso e esperto” para críticos e público. E parece que isto funcionou: Morgan ganhou o prêmio de Melhor Diretor no festival de Sundance, além de ter sido agraciado por diversos críticos de cinema. Um fato triste, diga-se de passagem, já que Spurlock não faz nada mais do que comprovar o óbvio.
O documentarista também comete outros dois erros: os depoimentos, tão importantes nos documentários, presentes em “Super Size Me” são desinteressantes e, principalmente, não convincentes. Um dos entrevistados, por exemplo, chega a afirmar que sabia que comer em fast foods fazia mal à saúde; ou seja: nem mesmo como um alerta este “Super Size Me” parece servir. Outro que me deixou bastante irritado foi quando Spurlock mostra à algumas crianças (provavelmente entre seis a oito anos de idade) figuras de pessoas importantes: a maioria não sabia quem era Jesus Cristo, mas conheciam o palhaço símbolo da rede McDonalds. É difícil, para o espectador, saber se as tais crianças foram, ou não, mandadas a dizer aquelas coisas (para mim, aquilo tudo me não me soou muito natural). Outro erro cometido por Spurlock é que ele não sabe muito bem o que quer criticar: seria a rede McDonalds? A obesidade? Ou seria todos os fast food (como o Burger King, etc.)? Bem, estas perguntas eu não sei responder, mas é esta confusão de idéias que também atrapalha este “Super Size Me”.
Enfim, mesmo que este documentário cresça (um pouco) no seu terceiro ato e Morgan Spurlock seja um sujeito simpático, a falta de um argumento inteligente e de depoimentos ao menos convincentes dificulta o fato de “Super Size Me” ser um bom filme. Não é um desastre, mas é um filme bastante irregular e superestimado.
Cotação: 2/5
Até mais e abraços; Rodrigo
Ouvindo: Elliott Smith - Miss Misery
EDITADO: Coloquei links aqui no blog. Peço desculpas para aqueles que me esqueci de colocar um link (quando eu tiver mais tempo livre eu adiciono os que faltaram).
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