Eleição
Election (99)
Wes Anderson, Paul Thomas Anderson, Quentin Tarantino, Michael Mann, e para citar um mais antigo, Martin Scorsese. Estes são nomes que seriam presenças confirmadas na minha de “melhores diretores da atualidade”. Porém, sempre teve um nome que nunca chegou a estar presente na lista: Alexander Payne. Deste diretor só havia visto um filme de seu curto currículo (o excelente “As Confissões de Shimidt”); e ao contrário dos quatro primeiros nomes, não conhecia muito seu trabalho nem mesmo a sua capacidade de colocar um humor um tanto peculiar em seus projetos, assim como Wes Anderson.
Então, acho que este foi o principal motivo para eu alugar “Eleição”. Muitos falam deste filme, se saiu muito bem de crítica, e também de público; mas foi, realmente, a curiosidade de conhecer o trabalho tão falado de Payne. E, para meu espanto, descobrir, ao final de “Eleição”, que Payne é um diretor (e roteirista) que possui um enorme talento e competência: o seu roteiro, escrito juntamente escrito com Jim Taylor, é bastante inteligente, possui um humor fantástico; a sua direção também é, assim como o roteiro, excelente: a narrativa que ele impõe ao filme é de extrema competência, e envolve o espectador.
Jim McAllister (Matthew Broderick) é um professor popular, que já ganhou três prêmios de “professor do ano” ensinando no colégio Carver. Ele adora sua profissão de professor, educador, adora “ajudar os adolescentes na difícil época da puberdade”. Porém ele mantém um ódio, em especial, por uma aluna, chamada Tracy Flick (Reese Wisterpoon). Jim possui este ódio à Tracy principalmente por um motivo: ela teve um caso com o professor, e também melhor amigo de Jim, Dave Novotny. Com este fato, Dave foi expulso de casa por sua mulher, Linda, que logo depois pediu o divórcio. E para aumentar ainda mais os problemas de Jim, Flick resolve se candidatar à presidente do Conselho Estudantil. Como só existe ela concorrendo ao cargo, Jim se desespera; até que ele possui uma grande idéia: convencer algum aluno a entrar na disputa presidencial. E o aluno que ele convida é Paul Metzler (Chris Klein), um rapaz que admira profundamente Jim,; e isto gera grande revolta em Tracy. Mas as coisas não param por aí: a irmã de Paul, Tammy Metzler, decide se eleger ao cargo, dizendo que vai abolir o Conselho Estudantil. Porém, este não é o motivo pelo qual Tammy decide concorrer, na verdade, ela concorre por vingança: seu irmão Paul está namorando a ex-namorada de Tammy (que, como vocês acabaram de ler, é lésbica).
E isto é só o começo das coisas...
O roteiro, como falei no início desta crítica, é escrito por Alexander Payne e Jim Taylor. Este possui um humor refinado e inteligente; um fato que merece ser aplaudido. Mas o humor do filme não está presente somente nas situações em si, como também nos diálogos (observe a fala inicial de Tracy Flick, sobre o destino). Outro ponto forte do roteiro escrito por Payne e Taylor, é o modo como ele foi construído: inicialmente, nós presenciamos uma história de duas pessoas que se odeiam, porém depois nós presenciamos a história de pessoas que chegam no fundo do poço, simplesmente por causa de uma eleição colegial. Também vale destacar a originalidade do filme, que chega, em ser ponto, a ser bizarro.
A direção é feita por Alexander Payne. Tão original quanto o roteiro, Payne impõe ao filme uma narrativa fantástica, envolvendo, excelentemente, o espectador. E esta narrativa, Payne a envolvente, também faz com que o espectador se importe com o que vai acontecer na tela, e, o mais importante: ele se preocupa com o destino de seus personagens. Personagens, aliás, bastante complexos. Porém, graças à hábil direção de Payne, não se torna difícil compreender certas atitudes dos personagens (como, por exemplo, o ódio que Jim sente por Tracy): na seqüência inicial, Payne recorre ao recurso de flashback para explicar melhor o que ocorre na vida de cada um dos personagens (é nesta seqüência que Payne parece “congelar” a imagem, para recorrer ao uso de flashback).
Enquanto ao elenco, quem se destaca mais é Matthew Broderick e Reese Wisterpoon. Os dois estão excelentes: Wisterpoon demonstra que possui talento, interpretando, com bastante fidelidade, a garota ambiciosa Tracy Flick; e Matthew Broderick interpreta otimamente o professor popular Jim McAllister, demonstrando muito bem o contraste de vida de seu personagem antes e depois da eleição (em certo momento Jim chega a afirmar: “minha vida era perfeita antes desta droga de eleição”). O resto do elenco está razoável, o pior é o famoso canastrão Chris Klein, mas até que em “Eleição” sua performance não está terrível.
Se mostrando um excepcional diretor e roteirista, Alexander Payne acaba de entrar na minha lista de “melhores diretores da atualidade”, seu talento é bastante similar ao do também excelente Wes Anderson. Enfim, um filme onde a simplicidade e originalidade (tanto do roteiro quanto da direção) caminham de mãos atadas.
Cotação: 5/5
Até mais e abraços; Rodrigo
Wes Anderson, Paul Thomas Anderson, Quentin Tarantino, Michael Mann, e para citar um mais antigo, Martin Scorsese. Estes são nomes que seriam presenças confirmadas na minha de “melhores diretores da atualidade”. Porém, sempre teve um nome que nunca chegou a estar presente na lista: Alexander Payne. Deste diretor só havia visto um filme de seu curto currículo (o excelente “As Confissões de Shimidt”); e ao contrário dos quatro primeiros nomes, não conhecia muito seu trabalho nem mesmo a sua capacidade de colocar um humor um tanto peculiar em seus projetos, assim como Wes Anderson.
Então, acho que este foi o principal motivo para eu alugar “Eleição”. Muitos falam deste filme, se saiu muito bem de crítica, e também de público; mas foi, realmente, a curiosidade de conhecer o trabalho tão falado de Payne. E, para meu espanto, descobrir, ao final de “Eleição”, que Payne é um diretor (e roteirista) que possui um enorme talento e competência: o seu roteiro, escrito juntamente escrito com Jim Taylor, é bastante inteligente, possui um humor fantástico; a sua direção também é, assim como o roteiro, excelente: a narrativa que ele impõe ao filme é de extrema competência, e envolve o espectador.
Jim McAllister (Matthew Broderick) é um professor popular, que já ganhou três prêmios de “professor do ano” ensinando no colégio Carver. Ele adora sua profissão de professor, educador, adora “ajudar os adolescentes na difícil época da puberdade”. Porém ele mantém um ódio, em especial, por uma aluna, chamada Tracy Flick (Reese Wisterpoon). Jim possui este ódio à Tracy principalmente por um motivo: ela teve um caso com o professor, e também melhor amigo de Jim, Dave Novotny. Com este fato, Dave foi expulso de casa por sua mulher, Linda, que logo depois pediu o divórcio. E para aumentar ainda mais os problemas de Jim, Flick resolve se candidatar à presidente do Conselho Estudantil. Como só existe ela concorrendo ao cargo, Jim se desespera; até que ele possui uma grande idéia: convencer algum aluno a entrar na disputa presidencial. E o aluno que ele convida é Paul Metzler (Chris Klein), um rapaz que admira profundamente Jim,; e isto gera grande revolta em Tracy. Mas as coisas não param por aí: a irmã de Paul, Tammy Metzler, decide se eleger ao cargo, dizendo que vai abolir o Conselho Estudantil. Porém, este não é o motivo pelo qual Tammy decide concorrer, na verdade, ela concorre por vingança: seu irmão Paul está namorando a ex-namorada de Tammy (que, como vocês acabaram de ler, é lésbica).
E isto é só o começo das coisas...
O roteiro, como falei no início desta crítica, é escrito por Alexander Payne e Jim Taylor. Este possui um humor refinado e inteligente; um fato que merece ser aplaudido. Mas o humor do filme não está presente somente nas situações em si, como também nos diálogos (observe a fala inicial de Tracy Flick, sobre o destino). Outro ponto forte do roteiro escrito por Payne e Taylor, é o modo como ele foi construído: inicialmente, nós presenciamos uma história de duas pessoas que se odeiam, porém depois nós presenciamos a história de pessoas que chegam no fundo do poço, simplesmente por causa de uma eleição colegial. Também vale destacar a originalidade do filme, que chega, em ser ponto, a ser bizarro.
A direção é feita por Alexander Payne. Tão original quanto o roteiro, Payne impõe ao filme uma narrativa fantástica, envolvendo, excelentemente, o espectador. E esta narrativa, Payne a envolvente, também faz com que o espectador se importe com o que vai acontecer na tela, e, o mais importante: ele se preocupa com o destino de seus personagens. Personagens, aliás, bastante complexos. Porém, graças à hábil direção de Payne, não se torna difícil compreender certas atitudes dos personagens (como, por exemplo, o ódio que Jim sente por Tracy): na seqüência inicial, Payne recorre ao recurso de flashback para explicar melhor o que ocorre na vida de cada um dos personagens (é nesta seqüência que Payne parece “congelar” a imagem, para recorrer ao uso de flashback).
Enquanto ao elenco, quem se destaca mais é Matthew Broderick e Reese Wisterpoon. Os dois estão excelentes: Wisterpoon demonstra que possui talento, interpretando, com bastante fidelidade, a garota ambiciosa Tracy Flick; e Matthew Broderick interpreta otimamente o professor popular Jim McAllister, demonstrando muito bem o contraste de vida de seu personagem antes e depois da eleição (em certo momento Jim chega a afirmar: “minha vida era perfeita antes desta droga de eleição”). O resto do elenco está razoável, o pior é o famoso canastrão Chris Klein, mas até que em “Eleição” sua performance não está terrível.
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Cotação: 5/5
Até mais e abraços; Rodrigo
2 Comments:
At 8:28 PM, Anônimo said…
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