Contos de Tubarão
O Espanta Tubarões (Shark Tale)
OBS: Este texto foi feito quando "O Espanta Tubarões" estreou no cinema. Ou seja: filmes como "Os Incríveis" ainda não haviam sido lançado.
É muito difícil eu não gostar de um filme de animação. Por este motivo fui ansioso ao Cinema, para dar uma conferida neste “O Espanta Tubarões”. Afinal, este ano já se mostrou bom em animação, pois já tivemos “Shrek 2”, e ainda teremos, no final do ano, o filme “Os Incríveis”.
Mas, não é só este ano que está bom em relação à este gênero, nos últimos anos todos os cinéfilos (e também não-cinéfilos) foram presenteados com filme como “Toy Story” e “Monstros S.A”, sem falar no recente “Procurando Nemo”. Então, é por este motivo, que “O Espanta Tubarões”, chega nos Cinemas de todo o mundo com um gostinho de decepção.
Oscar (Will Smith), é um peixe que trabalha em lava-jato para baleias, e que tem como sonho morar no alto do Recife. Seu chefe, é Sykes (Martin Scorsese), um peixe que é ligado ao chefão da Máfia, Don Lino (Robert De Niro). O peixe Oscar está devendo 5 mil ao seu chefe, que terá que pagar esta quantia à Don Lino. Como Oscar está sem dinheiro, ele recebe ajuda de Angie (Renée Zellweguer), que lhe dá este dinheiro. Porém, Oscar acaba apostando em uma corrida de cavalos marinhos, mas o cavalo no qual ele apostou, perde no último minuto. Sem poder pagar a quantia, o peixe é levado pelos capangas de Sykes, para um lugar deserto, onde o movimento de tubarões é grande. Mas, Oscar escapa mais uma vez. Quem está passando é Lenny, um tubarão gay (ou vegetariano), na companhia de seu irmão Frankie, filhos do chefão da máfia de tubarões, Don Lino. Neste momento, quando Frankie começa a persegui-lo, este é atingido por uma âncora. Como ninguém viu o que está acontecendo, Oscar decide assumir o crime, pois, desse jeito, todos irão gostar dele, e ele, finalmente, poderá ter seu sonhado apartamento no Recife, porém o peixe não imagina as conseqüências dessa mentira.
O roteiro é escrito por quatro pessoas: Rob Letterman, Damian Shannon, Michael J. Wilson e Mark Swift. Assim como “Shrek”, o filme também possui certas alusões à filmes, e estas, acreditem ou não, são um dos maiores pontos fortes do roteiro. Sempre inteligentes, os roteiristas decidem fazer brincadeiras à filmes como “Seabiscuit – Alma De Herói”, “O Chamado”, “Titanic”, entre outros; e até mesmo brincam com frases antológicas como “Say Hello To My Little Friend”, de “Scarface” e “The Horror, The Horror”, frase dita por Marlon Brando ao final de “Apocalipse Now”. Porém, o roteiro perde uma grande chance de ser excelente, quando peca em seus diálogos; eles podem até serem inteligentes, porém poucas vezes engraçados, deixando a parte engraçada para as situações ocorridas (um erro já que os dois deveriam ser engraçadas). Aliás, é por conta das situações que o roteiro tem seu ponto forte; principalmente quando o filme mostra a máfia de tubarões: um retrato fiel aos filmes sobre a máfia, como a trilogia “O Poderoso Chefão”. Porém, quando o filme chega ao seu final, o espectador sente que o roteiro poderia ter sido melhor.
A direção de “O Espanta Tubarões” é feita por Bibo Bergeron, Rob Letterman e Vicky Jenson. Nas direções de filmes de animações, estas tem que, principalmente, envolver e divertir o espectador com a história, nem que ela seja boba e nada criativa (o que não acontece em “O Espanta Tubarões”). Bom, os diretores cumprem bem a sua função: eles divertem e envolvem o espectador com a história de uma ótima maneira. Porém, o que mais se destaca na direção é o aspecto técnico apresentado; mas o mérito não é somente dos três diretores, como também da equipe técnica que se mostrou muito hábil.
As dublagens dos personagens estão excelentes. Talvez maior surpresa, entre estas, seja a dublagem de Will Smith, como o protagonista: ele demonstra muito bem a ambição de Oscar, em relação aos seus sonhos. Ale, disso, Smith está divertido. Robert De Niro está bem; como ele já havia trabalhado em filmes sobre a máfia (como “Os Bons Companheiros” e “O Poderoso Chefão 2”), ele interpreta fielmente o chefão da máfia, Don Lino, porém não de um jeito sério, mas cômico. Porém, “O Espanta Tubarões” não chega como a sua consagração ou redenção. Renée Zellweger e Angelina Jolie são as piores dublagens, mas, mesmo assim, estão bem. Mas, as melhores vozes ficam por conta de Jack Black, interpretando Lenny, e Martin Scorsese, interpretando Sykes: seus personagens são os mais divertidos e engraçados do filme. Scorsese e Black, fazem de seus personagens o mais carismáticos possíveis; e Black ainda convence o espectador de que seu personagem é realmente “vegetriano” (outro fato criativo do roteiro, já que ser vegetariano para um tubarão, é a mesma coisa dele assumir que é homossexual).
Bem, “O Espanta Tubarões” é um bom filme. Ele chega aos cinemas com um gosto de decepção, pois o espectador sente que o filme poderia ser mais, principalmente pelo roteiro fraco. Mas, ele serve como uma boa diversão, com alguns momentos engraçados, porém é uma pena que não seja mais do que isto.
Cotação: 3/5
Até mais e abraços; Rodrigo
OBS: Este texto foi feito quando "O Espanta Tubarões" estreou no cinema. Ou seja: filmes como "Os Incríveis" ainda não haviam sido lançado.
É muito difícil eu não gostar de um filme de animação. Por este motivo fui ansioso ao Cinema, para dar uma conferida neste “O Espanta Tubarões”. Afinal, este ano já se mostrou bom em animação, pois já tivemos “Shrek 2”, e ainda teremos, no final do ano, o filme “Os Incríveis”.
Mas, não é só este ano que está bom em relação à este gênero, nos últimos anos todos os cinéfilos (e também não-cinéfilos) foram presenteados com filme como “Toy Story” e “Monstros S.A”, sem falar no recente “Procurando Nemo”. Então, é por este motivo, que “O Espanta Tubarões”, chega nos Cinemas de todo o mundo com um gostinho de decepção.
Oscar (Will Smith), é um peixe que trabalha em lava-jato para baleias, e que tem como sonho morar no alto do Recife. Seu chefe, é Sykes (Martin Scorsese), um peixe que é ligado ao chefão da Máfia, Don Lino (Robert De Niro). O peixe Oscar está devendo 5 mil ao seu chefe, que terá que pagar esta quantia à Don Lino. Como Oscar está sem dinheiro, ele recebe ajuda de Angie (Renée Zellweguer), que lhe dá este dinheiro. Porém, Oscar acaba apostando em uma corrida de cavalos marinhos, mas o cavalo no qual ele apostou, perde no último minuto. Sem poder pagar a quantia, o peixe é levado pelos capangas de Sykes, para um lugar deserto, onde o movimento de tubarões é grande. Mas, Oscar escapa mais uma vez. Quem está passando é Lenny, um tubarão gay (ou vegetariano), na companhia de seu irmão Frankie, filhos do chefão da máfia de tubarões, Don Lino. Neste momento, quando Frankie começa a persegui-lo, este é atingido por uma âncora. Como ninguém viu o que está acontecendo, Oscar decide assumir o crime, pois, desse jeito, todos irão gostar dele, e ele, finalmente, poderá ter seu sonhado apartamento no Recife, porém o peixe não imagina as conseqüências dessa mentira.
O roteiro é escrito por quatro pessoas: Rob Letterman, Damian Shannon, Michael J. Wilson e Mark Swift. Assim como “Shrek”, o filme também possui certas alusões à filmes, e estas, acreditem ou não, são um dos maiores pontos fortes do roteiro. Sempre inteligentes, os roteiristas decidem fazer brincadeiras à filmes como “Seabiscuit – Alma De Herói”, “O Chamado”, “Titanic”, entre outros; e até mesmo brincam com frases antológicas como “Say Hello To My Little Friend”, de “Scarface” e “The Horror, The Horror”, frase dita por Marlon Brando ao final de “Apocalipse Now”. Porém, o roteiro perde uma grande chance de ser excelente, quando peca em seus diálogos; eles podem até serem inteligentes, porém poucas vezes engraçados, deixando a parte engraçada para as situações ocorridas (um erro já que os dois deveriam ser engraçadas). Aliás, é por conta das situações que o roteiro tem seu ponto forte; principalmente quando o filme mostra a máfia de tubarões: um retrato fiel aos filmes sobre a máfia, como a trilogia “O Poderoso Chefão”. Porém, quando o filme chega ao seu final, o espectador sente que o roteiro poderia ter sido melhor.
A direção de “O Espanta Tubarões” é feita por Bibo Bergeron, Rob Letterman e Vicky Jenson. Nas direções de filmes de animações, estas tem que, principalmente, envolver e divertir o espectador com a história, nem que ela seja boba e nada criativa (o que não acontece em “O Espanta Tubarões”). Bom, os diretores cumprem bem a sua função: eles divertem e envolvem o espectador com a história de uma ótima maneira. Porém, o que mais se destaca na direção é o aspecto técnico apresentado; mas o mérito não é somente dos três diretores, como também da equipe técnica que se mostrou muito hábil.
As dublagens dos personagens estão excelentes. Talvez maior surpresa, entre estas, seja a dublagem de Will Smith, como o protagonista: ele demonstra muito bem a ambição de Oscar, em relação aos seus sonhos. Ale, disso, Smith está divertido. Robert De Niro está bem; como ele já havia trabalhado em filmes sobre a máfia (como “Os Bons Companheiros” e “O Poderoso Chefão 2”), ele interpreta fielmente o chefão da máfia, Don Lino, porém não de um jeito sério, mas cômico. Porém, “O Espanta Tubarões” não chega como a sua consagração ou redenção. Renée Zellweger e Angelina Jolie são as piores dublagens, mas, mesmo assim, estão bem. Mas, as melhores vozes ficam por conta de Jack Black, interpretando Lenny, e Martin Scorsese, interpretando Sykes: seus personagens são os mais divertidos e engraçados do filme. Scorsese e Black, fazem de seus personagens o mais carismáticos possíveis; e Black ainda convence o espectador de que seu personagem é realmente “vegetriano” (outro fato criativo do roteiro, já que ser vegetariano para um tubarão, é a mesma coisa dele assumir que é homossexual).
Bem, “O Espanta Tubarões” é um bom filme. Ele chega aos cinemas com um gosto de decepção, pois o espectador sente que o filme poderia ser mais, principalmente pelo roteiro fraco. Mas, ele serve como uma boa diversão, com alguns momentos engraçados, porém é uma pena que não seja mais do que isto.
Cotação: 3/5
Até mais e abraços; Rodrigo
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