"Entrando numa Fria Maior Ainda" Faz Jus ao seu Título.
Meet The Fockers
O filme que antecede esta continuação, “Entrando Numa Fria”, abusava de todos os clichês do gênero comédia: o sogro do protagonista era superprotetor com a noiva do mesmo e tudo dava errado para o protagonista. Porém, “Entrando Numa Fria” conseguia cumprir o que os chamados “filmes-pipoca” devem ser: divertido. Esta continuação, “Entrando Numa Fria Maior Ainda”, tinha, desde o começo, tudo para seguir a linha da primeiro filme: esta continuação tem o encontro entre os pais da noiva com os do protagonista (e, seguindo a linha “filmes para toda a família”, os pais de ambos iriam se desentender). Mas, “Entrando Numa Fria Maior Ainda” não consegue ser original em nenhum momento: é um filme bastante parecido com o primeiro. Assim como em “Entrando Numa Fria”, a maioria dos personagens deste segundo filme insistem em fazer piadinhas com o nome do protagonista (Gaylord Focker; que é um nome criativo, mas a piada acabou se tornando manjada). E além de tudo, “Entrando Numa Fria Maior Ainda” é apelativo, e vive de fazer piadas em relação ao sexo. E o pior de tudo: consegue irritar o espectador.
Gaylord Focker (mais conhecido como Greg) é um enfermeiro que está noivo de Pam (Teri Pollo), uma professora. Como o casamento dos dois se aproxima, os mesmos tem a idéia de passar o fim de semana na casa dos pais de Greg, levando também os pais de Pam (Jack Byrnes, interpretado por De Niro; e Dina Byrnes, interpretada por Blythe Danner). Os últimos fazem mais o estilo convencional, enquanto os primeiros são dois hippies e que são mais liberais. Como era de se esperar, os pais de Greg e Pam começam a se desentender, criando, conseqüentemente, inúmeras confusões.
O roteiro escrito à quatro mãos por James Herzfeld e John Hamburg utiliza dois dos maiores clichês da comédia pastelão: a briga de dois casais de pais e construção caricatural dos mesmos. E o que não poderia faltar: eles são totalmente diferentes. Os pais de Greg são os típicos personagens “engraçados”, e o roteiro os constroem de forma amalucada, numa tentativa desesperada de arrancar o riso (um ponto negativo, também, da direção de Jay Roach). A dupla de roteiristas também se sai mal no desenvolvimento do protagonista: assim como no primeiro filme, Greg é uma pessoa desastrada, que vive fazendo as coisas nas horas erradas. Porém, acho que Hamburg e Herzfeld não notaram uma coisa: eles fizeram o mesmo na primeira parte. Outro ponto negativo do roteiro está na repetição de piadas, como, por exemplo, o neto dos pais de Pam (que também aparece bastante no filme) tem como sua primeira palavra dita a palavra “babaca”; além da outra coisa que coloquei no primeiro parágrafo. Porém, um dos maiores erros dos dois roteiristas é quando eles criam uma sub-trama ridícula: parece que Hamburg e Herzfeld só criaram aquilo para achar um cara parecido com Ben Stiler, e, principalmente, para alongar o filme.
Já a direção de Jay Roach não traz nada de especial. Não é medíocre como o roteiro, mas também não é boa. Os pontos negativos desta é que Roach impõe no filme um humor rasteiro; fazendo mais o estilo “filmes besteirois” do que “filmes com inteligência”. Porém, o maior erro da sua direção é fazer com que o espectador não se interesse pelos protagonistas. Sim, a sua narrativa faz de “Entrando Numa Fria Maior Ainda” seja um filme agradável, porém poucas vezes interessantes. Mas sua direção também é composta por acertos, que apesar de vir em menor escala do que a de erros, merecem destaque. Uma delas é que Roach deixa Dustin Hoffman e Barbra Streisand (as únicas coisas realmente boas do filme) livres para atuar, o que infelizmente não acontece com Ben Stiler. Ele também consegue se sair bem ao apostar, em algumas cenas (poucas, é verdade) no humor físico. Um exemplo disto é uma cena em que o neto dos pais de Pam passa cola nas mãos e prega as mesmas em uma garrafa de rum.
Já as performances foram uma das coisas que mais me decepcionaram. Dustin Hoffman e Barbra Streisand estão excelentes. Os dois dão a impressão de que eles estão se divertindo a todo momento. Mas, o mesmo não pode ser dito em relação à Benn Stiler e Robert de Niro. O primeiro repete o mesmo estilo do primeiro filme. Porém, o mesmo veio embalado com um bônus extra: caras e bocas o tempo todo. E isto é uma coisa que definitivamente não me agrada. Já o segundo, esquecendo seus excelentes tempos no passado, constrói um personagem insuportável. Além, é claro, do astro de “Táxi Driver” está totalmente desconfortável em seu papel, o que dificulta ainda mais a identificação do espectador com o personagem. Já o resto do elenco, como Teri Pólo interpretando a noiva de Greg, não se destacam em seus papéis.
“Entrando Numa Fria Maior Ainda” é mais um filme à entrar para a lista de “seqüências que destruíram o filme original”. Não é uma completa bomba. Aposta em um humor rasteiro que derruba parte do filme. Tem alguns momentos engraçados (raros, é verdade), mas, ainda assim, não escapa da mediocridade.
Cotação: 2/5 (4.5)
Até mais e abraços; Rodrigo
O filme que antecede esta continuação, “Entrando Numa Fria”, abusava de todos os clichês do gênero comédia: o sogro do protagonista era superprotetor com a noiva do mesmo e tudo dava errado para o protagonista. Porém, “Entrando Numa Fria” conseguia cumprir o que os chamados “filmes-pipoca” devem ser: divertido. Esta continuação, “Entrando Numa Fria Maior Ainda”, tinha, desde o começo, tudo para seguir a linha da primeiro filme: esta continuação tem o encontro entre os pais da noiva com os do protagonista (e, seguindo a linha “filmes para toda a família”, os pais de ambos iriam se desentender). Mas, “Entrando Numa Fria Maior Ainda” não consegue ser original em nenhum momento: é um filme bastante parecido com o primeiro. Assim como em “Entrando Numa Fria”, a maioria dos personagens deste segundo filme insistem em fazer piadinhas com o nome do protagonista (Gaylord Focker; que é um nome criativo, mas a piada acabou se tornando manjada). E além de tudo, “Entrando Numa Fria Maior Ainda” é apelativo, e vive de fazer piadas em relação ao sexo. E o pior de tudo: consegue irritar o espectador.
Gaylord Focker (mais conhecido como Greg) é um enfermeiro que está noivo de Pam (Teri Pollo), uma professora. Como o casamento dos dois se aproxima, os mesmos tem a idéia de passar o fim de semana na casa dos pais de Greg, levando também os pais de Pam (Jack Byrnes, interpretado por De Niro; e Dina Byrnes, interpretada por Blythe Danner). Os últimos fazem mais o estilo convencional, enquanto os primeiros são dois hippies e que são mais liberais. Como era de se esperar, os pais de Greg e Pam começam a se desentender, criando, conseqüentemente, inúmeras confusões.
O roteiro escrito à quatro mãos por James Herzfeld e John Hamburg utiliza dois dos maiores clichês da comédia pastelão: a briga de dois casais de pais e construção caricatural dos mesmos. E o que não poderia faltar: eles são totalmente diferentes. Os pais de Greg são os típicos personagens “engraçados”, e o roteiro os constroem de forma amalucada, numa tentativa desesperada de arrancar o riso (um ponto negativo, também, da direção de Jay Roach). A dupla de roteiristas também se sai mal no desenvolvimento do protagonista: assim como no primeiro filme, Greg é uma pessoa desastrada, que vive fazendo as coisas nas horas erradas. Porém, acho que Hamburg e Herzfeld não notaram uma coisa: eles fizeram o mesmo na primeira parte. Outro ponto negativo do roteiro está na repetição de piadas, como, por exemplo, o neto dos pais de Pam (que também aparece bastante no filme) tem como sua primeira palavra dita a palavra “babaca”; além da outra coisa que coloquei no primeiro parágrafo. Porém, um dos maiores erros dos dois roteiristas é quando eles criam uma sub-trama ridícula: parece que Hamburg e Herzfeld só criaram aquilo para achar um cara parecido com Ben Stiler, e, principalmente, para alongar o filme.
Já a direção de Jay Roach não traz nada de especial. Não é medíocre como o roteiro, mas também não é boa. Os pontos negativos desta é que Roach impõe no filme um humor rasteiro; fazendo mais o estilo “filmes besteirois” do que “filmes com inteligência”. Porém, o maior erro da sua direção é fazer com que o espectador não se interesse pelos protagonistas. Sim, a sua narrativa faz de “Entrando Numa Fria Maior Ainda” seja um filme agradável, porém poucas vezes interessantes. Mas sua direção também é composta por acertos, que apesar de vir em menor escala do que a de erros, merecem destaque. Uma delas é que Roach deixa Dustin Hoffman e Barbra Streisand (as únicas coisas realmente boas do filme) livres para atuar, o que infelizmente não acontece com Ben Stiler. Ele também consegue se sair bem ao apostar, em algumas cenas (poucas, é verdade) no humor físico. Um exemplo disto é uma cena em que o neto dos pais de Pam passa cola nas mãos e prega as mesmas em uma garrafa de rum.
Já as performances foram uma das coisas que mais me decepcionaram. Dustin Hoffman e Barbra Streisand estão excelentes. Os dois dão a impressão de que eles estão se divertindo a todo momento. Mas, o mesmo não pode ser dito em relação à Benn Stiler e Robert de Niro. O primeiro repete o mesmo estilo do primeiro filme. Porém, o mesmo veio embalado com um bônus extra: caras e bocas o tempo todo. E isto é uma coisa que definitivamente não me agrada. Já o segundo, esquecendo seus excelentes tempos no passado, constrói um personagem insuportável. Além, é claro, do astro de “Táxi Driver” está totalmente desconfortável em seu papel, o que dificulta ainda mais a identificação do espectador com o personagem. Já o resto do elenco, como Teri Pólo interpretando a noiva de Greg, não se destacam em seus papéis.
“Entrando Numa Fria Maior Ainda” é mais um filme à entrar para a lista de “seqüências que destruíram o filme original”. Não é uma completa bomba. Aposta em um humor rasteiro que derruba parte do filme. Tem alguns momentos engraçados (raros, é verdade), mas, ainda assim, não escapa da mediocridade.
Cotação: 2/5 (4.5)
Até mais e abraços; Rodrigo
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