A Supremacia Bourne: ação de uma maneira diferente
The Bourne Supremacy
É incontável o número de blockbuster que chegam anualmente aos cinemas. Filmes sobre o fim do mundo; sobre o golpe perfeito, mas que no final tudo acaba de forma errada; e, como não podia faltar, os filmes sobre o agente-secreto que fica com todas as mulheres, possui um carro que fica invisível e tem como inimigo os vilões mais inescrupulosos. E este “A Supremacia Bourne” poderia muito bem seguir a linha deste último; mas Paul Greengrass (o diretor) e Tony Gilroy (o roteirista) foram mais espertos: conseguiram produzir um filme que pode ser considerado “adrenalina pura”, porém que tem o que muitas películas que se encaixam nas características citadas acima não possui: inteligência.
Jason Bourne (Matt Damon) é um homem que sofre de amnésia e que, depois que uma série de acontecimentos para ele inexplicáveis ocorrem em sua vida (ele passa a ser perseguido por agentes da CIA), muda-se para a Índia. Lá, ele vive com sua namorada, mas, atrapalhando toda a sua tranqüilidade, um homem chega para mata-lo, fazendo com que ele, novamente, fique na mira de outros agentes. Agora, Bourne terá que correr contra o tempo e tentar descobrir a sua verdadeira identidade.
O roteiro escrito por Tony Gilroy não possui um típico protagonista de um filme de ação por exatamente duas coisas: 1) Bourne não é um homem por qual todas as mulheres ficam apaixonadas e que não tem um relógio movido a laser ou outras coisas do gênero; e 2) ele é uma pessoa humana. Em produções como a da série James Bond (que foi ficando cada vez mais falha durante os anos) ou “Missão: Impossível” (este aqui não é um completo desastre, mas também não é nenhuma maravilha, apesar de divertir) fica claro que o que importa para os produtores, roteiristas ou diretores é a ação, e não os personagens. E é por isto mesmo que o roteiro de Gilroy se sai destacando: o protagonista da história é um sujeito cheio de problemas (e que, por este fato, se torna extremamente interessante), e que não é uma pessoa das mais simpáticas (e não há esta intenção). Mas, às vezes, Gilroy cai no clichê de alguns diálogos, mas isto é epnas um minúsculo ponto negativo.
A direção de Paul Greengrass também representa uma certa inovação no quesito de filmes de “agente-secreto”: ele (que é diretor do aclamado “Domingo Sangrento”, que, infelizmente, nunca tive a oportunidade de assistir) filma as cenas de ação de uma maneira não muito convencional, optando, na maioria das vezes, por uma câmera na mão. E, com isto, Greengraass faz com que as cenas de luta sejam extremamente tensas (uma delas me chamou a atenção pois não há nenhuma trilha sonora, fazendo com que as emoções do espectador saiam naturalmente). A estrutura narrativa adotada pelo diretor também é ótima: o ritmo é frenético (e porque não pop?), e as 1:40 de filme passam quase que despercebidas em meio a tanta diversão (aquela última perseguição me deixou boquiaberto).
Agora vamos falar das atuações: Brian Cox (um ator sempre competente) se sai bem em seu papel; Franka Potente pouco aparece (o que me deixou um tanto surpreso, já que esperava que ela fosse uma das protagonistas); Joan Allen também se sai bem, mas sem grande destaqu. Porém, o melhor de todos é mesmo Matt Damon: como seu personagem, o ator (não me arrisco a dizer) não abre poucos sorrisos, faz de seu personagem um homem frio e confuso (assim como o roteiro exige), e o mais plausível de tudo isto: faz de Jason Bourne um homem carismático.
“A Supremacia Bourne” é, enfim, um ótimo filme. Não chega a ser excelente, mas proporciona ao espectador 108 minutos de muita diversão...com inteligência!
Até mais e abraços; Rodrigo
Cotação: 4/5
É incontável o número de blockbuster que chegam anualmente aos cinemas. Filmes sobre o fim do mundo; sobre o golpe perfeito, mas que no final tudo acaba de forma errada; e, como não podia faltar, os filmes sobre o agente-secreto que fica com todas as mulheres, possui um carro que fica invisível e tem como inimigo os vilões mais inescrupulosos. E este “A Supremacia Bourne” poderia muito bem seguir a linha deste último; mas Paul Greengrass (o diretor) e Tony Gilroy (o roteirista) foram mais espertos: conseguiram produzir um filme que pode ser considerado “adrenalina pura”, porém que tem o que muitas películas que se encaixam nas características citadas acima não possui: inteligência.
Jason Bourne (Matt Damon) é um homem que sofre de amnésia e que, depois que uma série de acontecimentos para ele inexplicáveis ocorrem em sua vida (ele passa a ser perseguido por agentes da CIA), muda-se para a Índia. Lá, ele vive com sua namorada, mas, atrapalhando toda a sua tranqüilidade, um homem chega para mata-lo, fazendo com que ele, novamente, fique na mira de outros agentes. Agora, Bourne terá que correr contra o tempo e tentar descobrir a sua verdadeira identidade.
O roteiro escrito por Tony Gilroy não possui um típico protagonista de um filme de ação por exatamente duas coisas: 1) Bourne não é um homem por qual todas as mulheres ficam apaixonadas e que não tem um relógio movido a laser ou outras coisas do gênero; e 2) ele é uma pessoa humana. Em produções como a da série James Bond (que foi ficando cada vez mais falha durante os anos) ou “Missão: Impossível” (este aqui não é um completo desastre, mas também não é nenhuma maravilha, apesar de divertir) fica claro que o que importa para os produtores, roteiristas ou diretores é a ação, e não os personagens. E é por isto mesmo que o roteiro de Gilroy se sai destacando: o protagonista da história é um sujeito cheio de problemas (e que, por este fato, se torna extremamente interessante), e que não é uma pessoa das mais simpáticas (e não há esta intenção). Mas, às vezes, Gilroy cai no clichê de alguns diálogos, mas isto é epnas um minúsculo ponto negativo.
A direção de Paul Greengrass também representa uma certa inovação no quesito de filmes de “agente-secreto”: ele (que é diretor do aclamado “Domingo Sangrento”, que, infelizmente, nunca tive a oportunidade de assistir) filma as cenas de ação de uma maneira não muito convencional, optando, na maioria das vezes, por uma câmera na mão. E, com isto, Greengraass faz com que as cenas de luta sejam extremamente tensas (uma delas me chamou a atenção pois não há nenhuma trilha sonora, fazendo com que as emoções do espectador saiam naturalmente). A estrutura narrativa adotada pelo diretor também é ótima: o ritmo é frenético (e porque não pop?), e as 1:40 de filme passam quase que despercebidas em meio a tanta diversão (aquela última perseguição me deixou boquiaberto).
Agora vamos falar das atuações: Brian Cox (um ator sempre competente) se sai bem em seu papel; Franka Potente pouco aparece (o que me deixou um tanto surpreso, já que esperava que ela fosse uma das protagonistas); Joan Allen também se sai bem, mas sem grande destaqu. Porém, o melhor de todos é mesmo Matt Damon: como seu personagem, o ator (não me arrisco a dizer) não abre poucos sorrisos, faz de seu personagem um homem frio e confuso (assim como o roteiro exige), e o mais plausível de tudo isto: faz de Jason Bourne um homem carismático.
“A Supremacia Bourne” é, enfim, um ótimo filme. Não chega a ser excelente, mas proporciona ao espectador 108 minutos de muita diversão...com inteligência!
Até mais e abraços; Rodrigo
Cotação: 4/5
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home