Começando do zero
Batman Begins (idem, 05)
Finalmente o Batman que todos queriam ver nas telas do cinema está de volta. Depois do dois filmes dirigidos por Tim Burton (onde havia um clima gótico perfeito), a série se perdeu após a entrada de Joel Schumacher. Ele tirou toda a obscuridade dos outros filmes e pôs no lugar disso cores chamativas, carnavalescas, e o resultado foi o pior possível (apesar de que “Batman Eternamente” não é um desastre, apenas um filme fraco; o que, infelizmente, não pode ser dito de sua seqüência). Para o seu lugar foi colocado um diretor novo, mas que já tinha provado muito talento em “Insônia” (não falo de “Amnésia” pois não assisti ao filme, já que me fizeram o favor de me contar a reviravolta final), e para substituir George Clooney foi chamado Christian Bale (que possui uma cara de malvado tremenda). E o resultado disso tudo não podia ser melhor: um filme que é, no mínimo, um trabalho de grande competência.
Bruce Wayne é uma criança que é filho de dois grandes milionários da cidade de Gotham. O seu pai, Thomas Wayne, luta para que a cidade volte a viver tranqüilamente, longe da corrupção e do crime. Porém, Thomas e Martha (a mãe de Bruce) são assassinados, o que faz com que o garoto fique. Anos mais tarde, Bruce se encontra na prisão, onde é solto por Ducard (Liam Neeson), que é um homem a serviço de Ra’s Al Guhl (Ken Watanabe), o chefe da Liga das Sombras, e que treina Bruce para enfrentar o seus maiores medos. Voltando para Gotham, Bruce decide acabar com a onda de violência que atinge a cidade, não como o milionário Wayne, e sim como o super-herói Batman.
O roteiro escrito por David Goyer decide se focar mais nos seus personagens do que na ação, em lutas, o que sempre é interessante vindo de um filme com apelo comercial. O próprio Bruce Wayne é um personagem bastante ambíguo, e Goyer nos apresenta um seu outro lado, quando ele era criança, e como iniciou o seu treinamento, sendo, assim, muito fiel a origem do protagonista (só não falo mais coisas porque nunca li uma HQ do Batman, mas conheço a série pelos desenhos animados). Porém não é só o protagonista que ganha um melhor tratamento; os vilões, por exemplo, são interessantíssimos. O Espantalho, principalmente, se mostra uma pessoa muito mais insana do que os próprios pacientes de sua clínica. Mas Goyer também consegue explorar muito bem a cidade de Gotham, mostrando todos os aspectos sujos da cidade.
A direção de Christopher Nolan também é outro atrativo. Sua escolha, aliás, (e como disse no primeiro parágrafo) foi mais do que adequada: ele conseguiu impor ao filme todo o clima sombrio que o protagonista necessita, colocando também um lado gótico que Tim Burton já havia feito logo no primeiro filme da série (e que eu, particulamente, estava sentindo falta, depois do desfile de moda feito por Schumacher). Também é interessante o modo em que Nolan decide usar a câmera em primeira pessoa, na maioria das vezes para mostrar o efeito do alucinógeno dado pelo Espantalho nas suas vítimas (a visão se torna bastante pertubadora também para o próprio espectador).
O elenco repleto de estrelas também não desaponta. Christian Bale talvez seja o melhor Batman até agora; é a interpretação mais sentida e expressiva de um ator que interpretou o homem-morcego na telona. Katie Holmes, uma das atrizes mais badaladas atualmente (já que está noiva do Tom Cruise), não faz nada além do esperado: tem um rostinho bonitinho, tem jeito de boa moça, está bem. Cillian Murphy, que já mostrou ser um ator talentoso em “Extermínio”, é a maior surpresa do elenco: está muito bem como o vilão do filme, tornando o Espantalho um sujeito perturbado e ameaçador. Morgan Freeman e Gary Oldman também estão ótimos, principalmente o segundo, que está bem carismático. Mas o melhor de todos é realmente Michael Caine. Ele nos entrega uma impecável atuação do Alfred, papel que caiu como uma luva para ele; uma interpretação emocionante.
“Batman Begins” é, por fim, um ótimo filme. Bem superior aos outros da série, consegue ser fiel ao personagem, possui muito boas atuações, e uma grande direção de Christopher Nolan. E parece que vai ter uma continuação; é esperar para ver.
Cotação: 4/5
Ouvindo: Pixies - Debaser
Finalmente o Batman que todos queriam ver nas telas do cinema está de volta. Depois do dois filmes dirigidos por Tim Burton (onde havia um clima gótico perfeito), a série se perdeu após a entrada de Joel Schumacher. Ele tirou toda a obscuridade dos outros filmes e pôs no lugar disso cores chamativas, carnavalescas, e o resultado foi o pior possível (apesar de que “Batman Eternamente” não é um desastre, apenas um filme fraco; o que, infelizmente, não pode ser dito de sua seqüência). Para o seu lugar foi colocado um diretor novo, mas que já tinha provado muito talento em “Insônia” (não falo de “Amnésia” pois não assisti ao filme, já que me fizeram o favor de me contar a reviravolta final), e para substituir George Clooney foi chamado Christian Bale (que possui uma cara de malvado tremenda). E o resultado disso tudo não podia ser melhor: um filme que é, no mínimo, um trabalho de grande competência.
Bruce Wayne é uma criança que é filho de dois grandes milionários da cidade de Gotham. O seu pai, Thomas Wayne, luta para que a cidade volte a viver tranqüilamente, longe da corrupção e do crime. Porém, Thomas e Martha (a mãe de Bruce) são assassinados, o que faz com que o garoto fique. Anos mais tarde, Bruce se encontra na prisão, onde é solto por Ducard (Liam Neeson), que é um homem a serviço de Ra’s Al Guhl (Ken Watanabe), o chefe da Liga das Sombras, e que treina Bruce para enfrentar o seus maiores medos. Voltando para Gotham, Bruce decide acabar com a onda de violência que atinge a cidade, não como o milionário Wayne, e sim como o super-herói Batman.
O roteiro escrito por David Goyer decide se focar mais nos seus personagens do que na ação, em lutas, o que sempre é interessante vindo de um filme com apelo comercial. O próprio Bruce Wayne é um personagem bastante ambíguo, e Goyer nos apresenta um seu outro lado, quando ele era criança, e como iniciou o seu treinamento, sendo, assim, muito fiel a origem do protagonista (só não falo mais coisas porque nunca li uma HQ do Batman, mas conheço a série pelos desenhos animados). Porém não é só o protagonista que ganha um melhor tratamento; os vilões, por exemplo, são interessantíssimos. O Espantalho, principalmente, se mostra uma pessoa muito mais insana do que os próprios pacientes de sua clínica. Mas Goyer também consegue explorar muito bem a cidade de Gotham, mostrando todos os aspectos sujos da cidade.
A direção de Christopher Nolan também é outro atrativo. Sua escolha, aliás, (e como disse no primeiro parágrafo) foi mais do que adequada: ele conseguiu impor ao filme todo o clima sombrio que o protagonista necessita, colocando também um lado gótico que Tim Burton já havia feito logo no primeiro filme da série (e que eu, particulamente, estava sentindo falta, depois do desfile de moda feito por Schumacher). Também é interessante o modo em que Nolan decide usar a câmera em primeira pessoa, na maioria das vezes para mostrar o efeito do alucinógeno dado pelo Espantalho nas suas vítimas (a visão se torna bastante pertubadora também para o próprio espectador).
O elenco repleto de estrelas também não desaponta. Christian Bale talvez seja o melhor Batman até agora; é a interpretação mais sentida e expressiva de um ator que interpretou o homem-morcego na telona. Katie Holmes, uma das atrizes mais badaladas atualmente (já que está noiva do Tom Cruise), não faz nada além do esperado: tem um rostinho bonitinho, tem jeito de boa moça, está bem. Cillian Murphy, que já mostrou ser um ator talentoso em “Extermínio”, é a maior surpresa do elenco: está muito bem como o vilão do filme, tornando o Espantalho um sujeito perturbado e ameaçador. Morgan Freeman e Gary Oldman também estão ótimos, principalmente o segundo, que está bem carismático. Mas o melhor de todos é realmente Michael Caine. Ele nos entrega uma impecável atuação do Alfred, papel que caiu como uma luva para ele; uma interpretação emocionante.
“Batman Begins” é, por fim, um ótimo filme. Bem superior aos outros da série, consegue ser fiel ao personagem, possui muito boas atuações, e uma grande direção de Christopher Nolan. E parece que vai ter uma continuação; é esperar para ver.
Cotação: 4/5
Ouvindo: Pixies - Debaser
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