Filme-ciclo
O Assassinato de Richard Nixon (The Assassination of Richard Nixon, 2005, Niels Mueller)
Depois de mais ou menos uns 15 minutos de projeção, é notável que a trama de O Assassinato de Richard Nixon já se esgotou por completo. É um projeto até que bem intencionado, verdade, mas sofre de uma repetição excessiva de idéias: já sabemos que Sam Bicke é um homem transtornado e solitário, que não aguenta mais o sistema, que quer por fim às mentiars que tomam conta do governo, mas o estreante na direção Niels Mueller parece não se cansar nunca, e continua a repetir as mesmíssimas coisas, só que colocando palavras diferentes (o filme é como um ciclo, digamos). E o pior de tudo é que ele parece estar convicto de que está fazendo um filme profundo (daqueles "capazes de mudar a vida das pessoas"), somente porque coloca uma música melancólica (a melhor coisa do filme, disparada) em uma cena onde um Sean Penn um tanto afetado (mas lembrem-se: o personagem, assim como a trama, é bem limitado) grita, chora, porque, adivinhem só, ele não aguenta mais o sistema, e blá blá blá.
Acho que Mueller deveria ter aprendido mais com Taxi Driver (que parece ter sido a maior influência do filme mesmo) que para criar um personagem complexo, prestes a "explodir", não é necessário colocá-lo a gritar ou mostrá-lo deitado no chão todo encolhido (ou impor uma narração em off que beira o insuportável).
É uma produção bem insignificante, daquelas que no fim o espectador parece sentir só um enorme vazio. Mas eu ainda guardo alguma esperança para Mueller (porém acho que é só por causa daquela cena dentro do avião mesmo).
Depois de mais ou menos uns 15 minutos de projeção, é notável que a trama de O Assassinato de Richard Nixon já se esgotou por completo. É um projeto até que bem intencionado, verdade, mas sofre de uma repetição excessiva de idéias: já sabemos que Sam Bicke é um homem transtornado e solitário, que não aguenta mais o sistema, que quer por fim às mentiars que tomam conta do governo, mas o estreante na direção Niels Mueller parece não se cansar nunca, e continua a repetir as mesmíssimas coisas, só que colocando palavras diferentes (o filme é como um ciclo, digamos). E o pior de tudo é que ele parece estar convicto de que está fazendo um filme profundo (daqueles "capazes de mudar a vida das pessoas"), somente porque coloca uma música melancólica (a melhor coisa do filme, disparada) em uma cena onde um Sean Penn um tanto afetado (mas lembrem-se: o personagem, assim como a trama, é bem limitado) grita, chora, porque, adivinhem só, ele não aguenta mais o sistema, e blá blá blá.
Acho que Mueller deveria ter aprendido mais com Taxi Driver (que parece ter sido a maior influência do filme mesmo) que para criar um personagem complexo, prestes a "explodir", não é necessário colocá-lo a gritar ou mostrá-lo deitado no chão todo encolhido (ou impor uma narração em off que beira o insuportável).
É uma produção bem insignificante, daquelas que no fim o espectador parece sentir só um enorme vazio. Mas eu ainda guardo alguma esperança para Mueller (porém acho que é só por causa daquela cena dentro do avião mesmo).
7 Comments:
At 7:13 PM, Anônimo said…
Personagem raso e mal escrito.
At 12:37 AM, Anônimo said…
vc fez um comentario interessante, "SEan Penn um tanto afetado". Eu acho que as vezes Penn está muito exagerado, tive essa impressão em Sobre Meninos e Lobos, onde ele parece fazer uma fortça incontrolável para ganhar prêmio. Ao contrário de 21 Gramas onde ele está super natural.
e um filme em que até hoje não consigo entender se ele está bem ou exageradoe "LOuco de Amor", onde até o prêmio de Cannes ele ganhou.
que que tua cha dele neste filme?
At 11:20 AM, Anônimo said…
O grande legado que O Assassinato de Richard Nixon nos deixa é a impressão de equívoco. O mais triste é que parecia que o ator Sean Penn parecia conseguir dar jeito em sua desgastada carreira (com O Intérprete e Sobre Meninos e Lobos) e ele volta à estaca zero com esse filme despretensioso. Mas isso acontece: há dias de brilho e outros em que tudo dá errado. Abraço.
At 8:27 PM, Gustavo H.R. said…
Filmes que terminam por ser redundantes acabam sendo, em geral, um pé no sa**. Não é à toa que esse filme nem fez grande sucesso, mesmo com Penn colhendo elogios da crítica (como é de praxe).
Cumps.
At 12:14 AM, Anônimo said…
Me parece ser um filme morno, sem sal, sem comflito nem mesmo o elenco e o trailer conseguem chamar a atenção.
At 2:22 AM, Anônimo said…
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At 6:32 PM, Anônimo said…
Ed, exato.
Felipe, nunca vi esse filme "Loucos de Amor", mas geralmente eu gosto bastante do Penn (no Sobre Meninos e lobos também).
Roberto, acho que a única vez que eu não gostei da uma atuação dele foi aqui no Richard Nixon, filme realmente muito fraco.
Gustavo, Ruchard Nixon é um pé no sa** mesmo; melhor definição para o filme
Paulo, o filme é exatamente isso o que você disse (tem certeza de que ainda não o viu? hehehe).
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