Natureza Humana
Contra Corrente (Undertow, 2004, David Gordon Green)
O filme anterior do David Gordon Green, o bonito Prova de Amor, e esta sua nova produção, Contra Corrente, são obras completamente distintas uma das outras. Se no primeiro sua direção era discreta, se destacando mais pela sensibilidade que dava ao filme, Contra Corrente já é um trabalho mais ousado e experimental (e melhor também). Logo nos primeiros de filme vemos Green fazer com sua câmera tudo o que ele tem direito: imagens congeladas, mudanças bruscas na fotografia, câmera na mão quase o tempo inteiro, cortes rápidos, slow motion. Mas o que não faz o trabalho dele parecer só mais uma tentativa de tentar ser cool é justamente o conteúdo presente em sua obra. Acho até mesmo que essas mudanças na fotografia tenham o objetivo de mostrar cada cena por uma ótica, uma visão diferente, e o slow motion e a câmera na mão dão grande intensidade a determinadas cenas.
Os personagens são tratados com uma humanidade invejável; eles parecem ter uma vontade imensa de sobreviver, se sentir a salvo e seguro (afinal, quem não tem?), onde até mesmo um um ferro-velho pode parecer o lugar mais aconchegante do mundo. Temos que tentar atravessar o mar (só quem viu o filme vai entender o que quero dizer, acho). Também é um filme sobre fraternidade; e é muito bonito ver como o irmão mais velho (que tem que lidar com o fato de tentar amadurecer) faz de tudo para tentar deixar o irmão mais novo confortável. A relação entre os personagens de Jamie Bell e Devon Alan é completamente oposta a que seu pai e seu tio tinham (e é praticamente impossível tentar imaginar que alguma os fará brigar).
E eu não sei ainda se eu entedi o que significa aquele balão estourando no final, se é alguma metáfora ou apenas um modo que Gordon Green criou para cortar o "açúcar" que a cena poderia ter. Nem sei se algum dia vou entender o que aquilo significa realmente, mas, tenho certeza, é algo muito bonito.
Ouvindo: The Velvet Underground - Venus in Furs
O filme anterior do David Gordon Green, o bonito Prova de Amor, e esta sua nova produção, Contra Corrente, são obras completamente distintas uma das outras. Se no primeiro sua direção era discreta, se destacando mais pela sensibilidade que dava ao filme, Contra Corrente já é um trabalho mais ousado e experimental (e melhor também). Logo nos primeiros de filme vemos Green fazer com sua câmera tudo o que ele tem direito: imagens congeladas, mudanças bruscas na fotografia, câmera na mão quase o tempo inteiro, cortes rápidos, slow motion. Mas o que não faz o trabalho dele parecer só mais uma tentativa de tentar ser cool é justamente o conteúdo presente em sua obra. Acho até mesmo que essas mudanças na fotografia tenham o objetivo de mostrar cada cena por uma ótica, uma visão diferente, e o slow motion e a câmera na mão dão grande intensidade a determinadas cenas.
Os personagens são tratados com uma humanidade invejável; eles parecem ter uma vontade imensa de sobreviver, se sentir a salvo e seguro (afinal, quem não tem?), onde até mesmo um um ferro-velho pode parecer o lugar mais aconchegante do mundo. Temos que tentar atravessar o mar (só quem viu o filme vai entender o que quero dizer, acho). Também é um filme sobre fraternidade; e é muito bonito ver como o irmão mais velho (que tem que lidar com o fato de tentar amadurecer) faz de tudo para tentar deixar o irmão mais novo confortável. A relação entre os personagens de Jamie Bell e Devon Alan é completamente oposta a que seu pai e seu tio tinham (e é praticamente impossível tentar imaginar que alguma os fará brigar).
E eu não sei ainda se eu entedi o que significa aquele balão estourando no final, se é alguma metáfora ou apenas um modo que Gordon Green criou para cortar o "açúcar" que a cena poderia ter. Nem sei se algum dia vou entender o que aquilo significa realmente, mas, tenho certeza, é algo muito bonito.
Ouvindo: The Velvet Underground - Venus in Furs
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