Beleza Americana
A Luta pela Esperança (Cinderella Man, 2005, Ron Howard)
Não sei como ainda vejo os filmes do Ron Howard. Sempre quando ele lança um novo filme já sei que não vou gostar, mas, como sou muito teimoso, insisto em ver. Mas A Luta pela Esperança possui uma diferença: consegue ser muito pior do que qualquer outro filme feito pelo diretor (sendo inferior até mesmo a produções como Uma Mente Brilhante, e, acreditem, Desaparecidas). Howard se aproveita do (pouquíssimo) conteúdo apresentado pelo filme para criar aquele melodrama picareta, que parece preocupado unicamente em acumular prêmios, sem demonstrar nenhum amor pelo projeto (será que ele não sabe que fazer as coisas no piloto automático só serve para deixar o filme frio, distante?). O filme também consegue ter a capacidade de reduzir a figura do protagonista à caricatura do pai de família sofredor, mas que faz de tudo para o bem estar de seu lar, porque, como sabemos, ele vive na América, a terra das oportunidades e felicidade, e onde até mesmo os mais difíceis sonhos se tornam realidade (e adivinha como essa história toda termina?). A produção também peca ao pular o que poderia ser a parte mais interessante da história: mostrar como o protagonista decaiu. Mas, não, o que interessa mesmo é o sofrimento e a luta para tentar conseguir uma vida melhor e mais digna.
E para completar o pacote, ainda há cenas absurdamente ruins, como o protagonista pedindo esmola para empresários do boxe e também uma em que ele abraça seu filho e diz a este que nunca o abandonará. Tudo isso embalado numa trilha sonora chatinha, e um Russel Crowee uma Renée Zellweger inexpressivos. Podia ser pior?
Ouvindo: The Velvet Underground - Venus in Furs
Não sei como ainda vejo os filmes do Ron Howard. Sempre quando ele lança um novo filme já sei que não vou gostar, mas, como sou muito teimoso, insisto em ver. Mas A Luta pela Esperança possui uma diferença: consegue ser muito pior do que qualquer outro filme feito pelo diretor (sendo inferior até mesmo a produções como Uma Mente Brilhante, e, acreditem, Desaparecidas). Howard se aproveita do (pouquíssimo) conteúdo apresentado pelo filme para criar aquele melodrama picareta, que parece preocupado unicamente em acumular prêmios, sem demonstrar nenhum amor pelo projeto (será que ele não sabe que fazer as coisas no piloto automático só serve para deixar o filme frio, distante?). O filme também consegue ter a capacidade de reduzir a figura do protagonista à caricatura do pai de família sofredor, mas que faz de tudo para o bem estar de seu lar, porque, como sabemos, ele vive na América, a terra das oportunidades e felicidade, e onde até mesmo os mais difíceis sonhos se tornam realidade (e adivinha como essa história toda termina?). A produção também peca ao pular o que poderia ser a parte mais interessante da história: mostrar como o protagonista decaiu. Mas, não, o que interessa mesmo é o sofrimento e a luta para tentar conseguir uma vida melhor e mais digna.
E para completar o pacote, ainda há cenas absurdamente ruins, como o protagonista pedindo esmola para empresários do boxe e também uma em que ele abraça seu filho e diz a este que nunca o abandonará. Tudo isso embalado numa trilha sonora chatinha, e um Russel Crowee uma Renée Zellweger inexpressivos. Podia ser pior?
Ouvindo: The Velvet Underground - Venus in Furs
9 Comments:
At 3:58 PM, Anônimo said…
meu interesse por esse filme é menor do que a sua nota :P
At 10:22 PM, Luiz Henrique Oliveira said…
Não gosto de nada do Ron Howard - exceto "Apolo 13", e quem sabe "O Grich", esse com algumas ressalvas. Mas esse "Luta pela Esperança" é medíocre, chato, piegas, pedante, tudo que pode ser clichê num filme. Cansativo ao cubo. E não sei porque, estou com algum receio sobre "O Código da Vinci", filme que eu mais espero pra ver esse ano (não gosto muito de Superman)... porque será?
Abraço, até!
PS: desapareceu de vez do msn, hein... pelo menos, deixa um comment no blog!
At 11:41 PM, Anônimo said…
Teco, faz muito bem então. hehehe.
Luiz, chamar o filme de medíocre é um elogio. hahahaha. E eu não gosto nem um pouco de apolo 13 e não espero nada de O Codigo Da Vinci. E to meio sumido do msn mesmo, mas voltarei.
At 1:27 AM, Anônimo said…
Eu nao consegui passar de 30 min dessa bomba, pois nao ia passar mais 2 horas assistindo, já sabendo que ele ia vencer todas as barreiras e bla bla bla.
At 4:31 PM, Anônimo said…
Mais previsivel impossivel
At 10:53 PM, Gustavo H.R. said…
Puxa, que decepção. Um dos filmes que eu mais queria ver em 2005 (e não vi até hoje, infelizmente) levando uma estrela. O mais estranho é que, apesar de o público americano ter gostado, o filme não pegou.
Howard definitivamente não vai entrar para a História se não entregar projetos mais pessoais, mesmo já tendo feito filmes corretos.
Cumps.
At 7:52 PM, gonn1000 said…
Também não achei nada de especial, mas vindo de Howard, já era de se esperar...
At 10:47 AM, Anônimo said…
Curioso: esse lixo pré-fabricado é tudo aquilo que o Oscar adora e nem sequer foi indicado. Poderia ser um indício de que as coisas estão mudando... até 'Crash', outra mediocridade faturar alto. Não tem jeito. Deixar de lado Ron, Oscar e Russel de lado é o melhor a fazer. Ele dirige o 'Codigo Da Vinci' não é? Será que agora vai? Duvido.
At 1:05 AM, Rodrigo said…
Ed, sorte a sua.
Paulo, e insuportável também.
Gustavo, eu acho que a melhor coisa que o Howard já fez foi a Bryce Dallas, de resto o acho bem (beeeeeeeem) abaixo da média. Acho que é o pior filme que ele já fez.
Gonn, concordo plenamente, cara. hehehe.
Limão, ih, não boto muita fé também não. Acho que vai ser algo bem medíocre.
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