Sobre Jornalismo e Cigarros
Boa Noite, e Boa Sorte. (Good Night, and Good Luck., 2005, George Clooney)
Boa Noite, e Boa Sorte se passa na década de 1950 e parece ser um filme feito realmente durante essa época. George Clooney, o galã que teve uma bela estréia na direção com Confissões de uma Mente Perigosa, demonstra que amadureceu no modo de filmar e cria um filme com um ar todo clássico, expresso na fotografia em preto-e-branco, na trilha sonora toda composta por jazz ou nos personagens que nunca largam um cigarro. É um retrato de uma época onde o jornalismo procurava se auto-afirmar, apontar os erros do governo sem precisar ter receio de algo e tentar deixar as pessoas menos alienadas do mundo (como bem diz o protagonista no discurso que encerra o filme).
Clooney também acerta ao impor um tom quase que documental, colocando na tela depoimentos reais, e só peca mesmo na incursão da personagem de Patrícia Clackrson, que pode até render bons momentos e ter um desfecho inteligente, mas que também não faria a menor falta. Porém, para compensar, vemos em cena uma interpretação fantástica de David Strathairn, ator que nunca fez muito sucesso, mas que parece ter encontrando seu lugar ao sol.
Um belo filme.
Clooney também acerta ao impor um tom quase que documental, colocando na tela depoimentos reais, e só peca mesmo na incursão da personagem de Patrícia Clackrson, que pode até render bons momentos e ter um desfecho inteligente, mas que também não faria a menor falta. Porém, para compensar, vemos em cena uma interpretação fantástica de David Strathairn, ator que nunca fez muito sucesso, mas que parece ter encontrando seu lugar ao sol.
Um belo filme.
Ouvindo: Little River Band - Afternoon Delight
10 Comments:
At 11:28 PM, Gustavo H.R. said…
Pois é, quem diria que o ex-galã televisivo algum dia iria se tornar um cineasta deste naipe e lançar filmes peculiares assim... Felizmente, nem todos os astros são aerados.
A ver (perdi nos cinemas).
Cumps.
At 11:04 PM, Anônimo said…
Meu caro, em poucas palavras você conseguiu captar muito bem o clima do filme, sua natureza e seu ritmo. Mas não teria sido interessante se o tivesse contextualizado com mais precisão tendo em vista o horror (para a liberdade de expressão, na época) que significou o macarthismo? Em tempo: seus MELHORES FILMES devem sair no próximo sábado. Um abraço.
At 7:35 AM, Anônimo said…
Meu caro: A correção já foi devidamente feita. Grato. E um abraço.
At 8:21 PM, Susana Fonseca said…
desafio cinematográfico...
At 2:41 PM, Anônimo said…
Estou com esse filme aqui em CD. Mas ainda não tive disposição. O título do post lembrou-me um diretor de quem vi, semana passada, uma de suas obras-primas. Abs.
At 9:21 AM, Anônimo said…
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